quarta-feira, maio 23, 2007

UE abre fronteiras para países pobres


Matthijs Nieuwenhuis*
17-05-2007
Os ministros europeus de Cooperação ao Desenvolvimento deram luz verde para a abertura das fronteiras para produtos dos países ACP. Estes são os países mais pobres do mundo, na África, Caribe e Pacífico.Os produtos destas regiões podem ser vendidos de maneira livre na União Européia. Atualmente existem muitas barreiras. A Europa e os países pobres negociam há muito tempo sobre um novo acordo comercial.
A medida inclui a retirada dos impostos de importação e dos limites das quantidades importadas para a União Européia. A idéia é que as economias dos países ACP possam se desenvolver melhor.Na opinião do ministro holandês para a Cooperação ao Desenvolvimento, Bert Koenders, um acordo sobre compromissos de negócios é muito importante.
Açúcar e arroz não farão parte do acordo de comércio livre: estarão limitados até 2015 por serem setores importantes da produção na Europa.Abertura bilateralDe qualquer forma, a União Européia prometeu abrir suas fronteiras. Isso significa também que, mais cedo ou mais tarde, os países da região do Caribe precisam aceitar as mercadorias dos países europeus.As fronteiras deverão ser abertas, ainda que de maneira restrita. Um longo período de transição é necessário porque essas economias são vulneráveis. Abrir as fronteiras abruptamente pode encher os países pobres de mercadorias baratas, o que pode ter conseqüências desastrosas. E para o ministro holandês, o desenvolvimento destes países está em primeiro lugar.
Os negociadores dos países ACP pediram bilhões de euros para ajuda extra. Esta verba é necessária para preparar as economias não desenvolvidas para a abertura das fronteiras e a competição com a Europa. De acordo com Koenders, há dinheiro reservado para esse fim no fundo para o Desenvolvimento da União Européia, outros dois bilhões de euros serão pedidos para complementar.
Ainda não se sabe quantos bilhões de euros estarão disponíveis para a concretização do plano. Nos próximos meses, as negociações devem entrar num período crucial. Um novo acordo comercial deve ser fechado no final deste ano para que as medidas possam ser introduzidas no início de 2008.
*adaptação: Daniela Stefano

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