sábado, março 24, 2007

Aquecimento Global Especiais

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Líderes africanos x Mugabe

Líderes africanos x Mugabe

Mario de Freitas

22-03-2007

ZimbábueDiferentes líderes africanos se manifestaram, nesta semana, contra a política do governo do Zimbábue. Na visita que fez nesta terça-feira à Namíbia, o presidente da Zâmbia, Levy Mwanawasa, disse que vê o Zimbábue como um Titanic afundando por causa da atual crise em que o país vive com a repressão empreendida pelo governo de Robert Mugabe, no poder do país desde 1980.

O chefe de Estado da Zâmbia disse que o vizinho Zimbábue "se afundou em dificuldades econômicas" e que, quem pode, pula fora, como fizeram os passageiros do Titanic, numa tentativa de salvar suas vidas.

Os críticos ao regime de Mugabe, de 83 anos, acusam o presidente de repressão e corrupção, além de o incriminarem pela falta de comida e pela alta inflação do país, considerada a maior do mundo. O principal líder da oposição, Morgan Tsvangirai, foi internado com traumatismo craniano depois de ser preso pela polícia na semana passada, quando se preparava para um ato pacífico de protesto contra o governo zimbabuano.

União Africana
O chefe de Estado de Gana e presidente rotativo da União Africana, John Kufuor, disse, em Londres, que o continente estava "envergonhado com as ações de Mugabe e pediu para que o Zimbábue respeite os direitos humanos". Antes, as críticas vinham somente de líderes europeus, principalmente do premier britânico Tony Blair.

Desde que a violência aumentou, com a prisão e repressão de opositores ao regime, diferentes líderes africanos começaram a criticar abertamente o antigo líder anticolonialista Robert Mugabe. Esta foi a primeira vez que a União de Estados Africanos faz uma crítica pública contra o presidente do Zimbábue. No final deste mês, o país é ponto na agenda da SADC, Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral.

O governo da Zâmbia disse claramente que essa organização deve tratar da crise que envolve o país vizinho, o Zimbábue. Mesmo o bispo Desmond Tutu, herói da independência na África do sul e Prêmio Nobel da Paz, disse que os zimbabuanos foram abandonados pelos líderes africanos, pois ficaram adulando Robert Mugabe.

Pressão indireta
De acordo com o diretor do Centro Sul-africano de Estudos Políticos, Chris Landsberg, uma virada política no momento é impensável. "Há um grave problema, todos sabem disso, mas não se tem idéia de como resolver a questão.

Por enquanto, os líderes africanos vão tentar exercer pressão por baixo do pano. Atacar abertamente aos políticos de outros países não faz parte da tradição entre os dirigentes africanos. Ademais, segundo Landsberg, muitos políticos têm dúvidas.

Robert MugabeA tática de Mugabe (foto), ao afirmar que o Ocidente quer dividir os africanos, funciona. O fato dele ter iniciado sua carreira política apoiando a luta contra o regime branco de apartheid na África do Sul também tem um peso bastante forte nas considerações acerca do seu regime.

O presidente Mbeki teme ainda que milhões de zimbabuanos se refugiem na África do Sul, caso ele se manifeste contra o regime de Robert Mugabe. De acordo com Chris Landsberg, a África está cansada das promessas quebradas por Mugabe.

Segundo este analista, todas a vezes que o presidente do Zimbábue prometeu realizar eleições livres, faltou com a palavra. Resumindo: "A diplomacia não funcionou na hora de ajudar a solucionar os problemas e o Zimbábue vive o caos", conforme afirmou o presidente da Zâmbia, Levy Mwanawasa.

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Risco de seca intensa na Amazônia pode ser 10 vezes maior em 2030

Risco de seca intensa na Amazônia pode ser 10 vezes maior em 2030:


James Painter
De Oxford
BBCBrasil.com | Reporter BBC |

Exército retoma controle da capital do Congo

Tropas do governo retomaram a maior parte da capital da República Democrática do Congo, Kinshasa, nesta sexta-feira, depois de um segundo dia de combates com milicianos.

A maioria dos homens leais a Jean-Pierre Bemba, candidato derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, fugiu do distrito comercial da cidade.

Testemunhas dizem que dezenas de corpos crivados de balas foram retirados das ruas e a população recebeu ordem para não sair de casa.

Mais cedo, foi expedido mandado de prisão contra Bemba por alta traição.

Ele se refugiou na embaixada da África do Sul, e negou estar planejando uma operação militar para depor o presidente Joseph Kabila.

Um prazo para que a guarda de Bemba se desarme expirou nesta semana, mas ele deseja garantias adicionais de segurança antes que seus homens deponham as armas.

A eleição do ano passado - a primeira eleição livre em 40 anos na ex-colônia belga - transcorreu pacificamente, despertando esperança do fim de anos de conflito e caos administrativo.

Saques

O correspondente da BBC em Kinshasa, Arnaud Zajtman, disse que ainda pode ser ouvido tiroteio esporádico, mas os soldados do governo controlam o centro comercial da cidade.

Segundo Zajtman, vários supermercados, lojas e residências foram saqueados por tropas do governo.

Integrantes da guarda de Bemba foram vistos em fuga, abandonando seus uniformes e se entregando às forças de paz das Nações Unidas (ONU), que permanecem no país.

O vice-ministro do Exterior da África do Sul, Aziz Pahad, pediu a todos os lados que interrompam os combates, mas não disse se o ex-líder rebelde será entregue às autoridades congolesas.

"Sem negociações"

O porta-voz do governo da República Democrática do Congo, Toussaint Tshilombo, disse que Bemba usou as Forças Armadas para interesses próprios.

Mas o ex-vice-presidente negou desejar depor Kabila e alegou que sua casa foi atacada quatro vezes. "Eu sinto que eles querem me matar", afirmou.

Bemba pediu negociações com o governo sobre seu arranjo para segurança.

Como ex-vice-presidente no governo de transição, Bemba tem direito a proteção de 15 policiais.

Sob um outro acordo assinado antes da eleição, o vitorioso no pleito se comprometia a garantir a segurança do candidato derrotado.

Mas o ministro da Informação do país disse que, como o governo foi eleito democraticamente, não havia mais razão para novas conversações.

Kabila obteve 58% dos votos e Bemba, 42%, nas eleições de outubro passado.

FONTE: BBC

quinta-feira, março 22, 2007

Países com maior número de migrantes brasileiros

Países com maior número de migrantes brasileiros (em mil)


1. Estados Unidos 799
2. Paraguai: brasiguaios 454
3. Japão: decasséguis 224
5. Alemanha 60
6. Portugal 51
7. Argentina 37,9
8. Itália 37,1
9. Suíça 25
10. França 22
11. Suriname 20
12. Uruguai 19
13. Venezuela 15,5
14. Reino Unido 13,1
15. Espanha 13,1
16. Israel 11
17. Holanda 10
18.Bolívia 9,3
19. Suécia 7
20. Austrália 6

(Fonte: MRE – Ministério das Relações Exteriores)

Chomsky: “governo Bush é o mais aberto violador dos direitos internacionais”

Chomsky: “governo Bush é o mais aberto violador dos direitos internacionais”

O lingüista e escritor norte-americano, Noam Chomsky, denunciou que “o governo de Bush é o mais aberto violador dos direitos internacionais da história dos Estados Unidos”. Chomsky fez a declaração na segunda-feira, 19, ao participar por telefone de uma Mesa Redonda em Havana, transmitida por rádio e TV para todo o país.

Chomsky completou: “Digo violação aberta porque talvez seus antecessores, como Ronald Reagan, foram violadores dos direitos, mas a administração de Bush o faz de maneira incomum”.

Noam Chomsky destacou que “o governo dos EUA comete delitos internacionais supremos ao matar centenas de milhares de iraquianos e cometer atrocidades; destruir Faluja , desconhecer a ONU e sua Carta fundamental, entre outros tantos”.

Ele também argumentou que, “no caso do Iraque não se pode argumentar autodefesa, e nem mesmo houve autorização do Conselho de Segurança da ONU, e sim a violação do organismo internacional”.

Chomsky também classificou como “uma verdadeira violação internacional as torturas e humilhações perpetradas contra supostos combatentes inimigos, ocorridas em Guantánamo e em prisões secretas disseminadas no mundo pelos EUA”.




Jornal Hora do Povo

segunda-feira, março 19, 2007

Saldo Negativo


(Fernando Correa Pina)

Dói muito mais arrancar um cabelo de um europeu

que amputar uma perna, a frio, de um africano.

Passa mais fome um francês com três refeições por dia

que um sudanês com um rato por semana.


É muito mais doente um alemão com gripe

que um indiano com lepra.

Sofre muito mais uma americana com caspa

que uma iraquiana sem leite para os filhos.


É mais perverso cancelar o cartão de crédito de um belga

que roubar o pão da boca de um tailandês.

É muito mais grave jogar um papel ao chão na Suíça

que queimar uma floresta inteira no Brasil.


É muito mais intolerável o xador de uma muçulmana

que o drama de mil desempregados em Espanha.

É mais obscena a falta de papel higiênico num lar sueco

que a de água potável em dez aldeias do Sudão.


É mais inconcebível a escassez de gasolina na Holanda

que a de insulina nas Honduras.

É mais revoltante um português sem celular

que um moçambicano sem livros para estudar.


É mais triste uma laranjeira seca num kibutz hebreu

que a demolição de um lar na Palestina.

Traumatiza mais a falta de uma Barbie de uma menina inglesa

que a visão do assassínio dos pais de um menino ugandês


e isto não são versos; isto são débitos

numa conta sem provisão do Ocidente.


Fernando Correia Pina (Poeta português, nascido em 1954. Formado em História, vive em Portalegre, região do Alto Alentejo, junto à fronteira com a Espanha. Portalegre tem cerca de 16 mil almas. Pina é um barnabé municipal lotado no Arquivo Histórico local.)

"Dos medos nascem as coragens; e das dúvidas as certezas. Os sonhos anunciam outra realidade possível e os delírios, outra razão. Afinal de contas, somos o que fazemos para mudar o que somos." (Eduardo Galeano)

domingo, março 18, 2007

Marcos Guterman - América Latina

Notas sobre questões atuais da América Latina!
CLique no link:

Marcos Guterman - América Latina

Índia pode triplicar produção de mísseis até 2009

Índia pode triplicar produção de mísseis até 2009 :: Estadao.com.br

Índia pode triplicar produção de mísseis até 2009


Os serviços de Defesa necessitam de um maior número destes mísseis

EFE


NOVA DÉLHI - A Índia deve triplicar nos próximos dois anos a produção dos mísseis de cruzeiro supersônicos BrahMos, fabricados em associação com a Rússia. "Estamos planejando aumentar a produção do sistema do míssil em 300% nos próximos dois anos", afirmou o chefe executivo e diretor do complexo aeroespacial indiano de BrahMos, A. Sivathanu Pillai.

Pillai acrescentou que os serviços de Defesa necessitam de um maior número destes mísseis, que já são usados na Marinha, e ressaltou que há planos para começar a exportá-los.

A tecnologia dos mísseis BrahMos, batizados assim por causa do rio indiano Brahmaputra e do russo Moskva, é desenvolvida por uma companhia mista criada pela Rússia e a Índia após um acordo bilateral firmado em fevereiro de 1998.

O primeiro teste com este tipo de míssil foi realizado em 2001, e desde então foram feitas mais de dez provas com sucesso. O BrahMos pode ser disparado contra navios e alvos terrestres de plataformas de lançamento situadas em terra, submarinos, navios e aviões.

sexta-feira, março 09, 2007

Bush não tem nada a entregar, diz Rubens Barbosa


Sexta, 9 de março de 2007, 17h20
Daniel Bramatti
Reinaldo Marques/Terra

Lula e Bush durante encontro em São Paulo




Para Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está certo ao chamar de "nefastos" os subsídios concedidos pelos EUA a seus produtores agrícolas, que prejudicam as exportações brasileiras. Mas está errado ao priorizar a chamada integração "Sul-Sul", em vez de buscar acesso maior aos mercados dos países desenvolvidos.

Segundo Barbosa, os acordos firmados entre Brasil e EUA são, por enquanto, meras "manifestações de intenções". "Bush não tem muito a entregar. Na verdade, ele não tem nada a entregar", afirmou.

No governo Fernando Henrique Cardoso, Rubens Barbosa foi embaixador em Londres e em Washington. Nos EUA, foi um dos negociadores da Alca, projeto de uma área de livre-comércio com a participação de todos os países da América, que não se concretizou e perdeu impulso com a eleição de vários presidentes alinhados à esquerda pelo continente.


Leia a seguir trechos de entrevista do ex-embaixador a Terra Magazine:


O presidente Lula mostrou novamente que prioriza o Mercosul e a integração latino-americana em detrimento da Alca. Qual a sua avaliação?
É uma postura coerente. O governo brasileiro prioriza a chamada inetgração Sul-Sul. Mas, na minha opinião, é uma escolha equivocada. Os países de economia mais dinâmica são também os que têm os maiores mercados. Não estamos aproveitando as possibilidades de acesso a esses mercados.

Como o sr. avalia os acordos firmados entre Brasil e EUA na área de biocombustíveis?
É importante destacar que esses acordos, até o momento, são meras manifestações de intenções. Foram criados grupos de trabalho, vamos ver se os acordos resultam em algo. Se isso acontecer, será positivo para o Brasil. O país só tem a ganhar com a transformação do etanol em uma commodity internacional.

Qual o balanço político da visita do presidente Bush?
Essa visita tem um aspecto forte de política interna. Bush está enfraquecido, ainda tem dois anos de mandato e há 43 milhões de latinos nos Estados Unidos. A viagem pela América Latina tem o sentido de dizer que ele dá atenção à região. Bush quer recuperar o tempo perdido. Houve por aqui um vazio de poder, e Brasil e Venezuela ocuparam espaços abertos pelos Estados Unidos.


O que o Brasil tem a ganhar ao se aproximar dos EUA? Bush não tem muito a entregar. Na verdade, ele não tem nada a entregar. Tem minoria no Congresso e não pode fazer grandes concessões. Os Estados Unidos até cortaram a pequena ajuda que destinavam para assistência técnica na região (América Latina).

Terra Magazine

segunda-feira, março 05, 2007

Pobreza extrema nos Estados Unidos cresceu 26% sob o governo W. Bush entre 2000 e 2005

Pobreza extrema nos Estados Unidos cresceu 26% sob o governo W. Bush entre 2000 e 2005

A quantidade de norte-americanos vivendo na condição de pobreza extrema expandiu-se dramaticamente durante o governo Bush, divulgou a rede de jornais McClathy. A pesquisa revela que a pobreza extrema cresceu 26% entre 2000 e 2005, último ano do censo disponível.

A pobreza como um todo também cresceu neste intervalo, revelou o estudo. Mas a pobreza extrema teve um aumento 56% mais rápido que o da população caracterizada como pobre – cerca de 37 milhões de pessoas conforme o Censo, o que representa 12,5% da população americana, que acaba de superar 300 milhões.

A análise do grupo revelou que o aumento da pobreza extrema no país não está limitado apenas às grandes cidades, mas também se estende às zonas rurais e suburbanas.

De acordo com um estudo publicado no Jornal Norte-Americano de Medicina Preventiva, a percentual de norte-americanos em pobreza extrema tem subido lentamente nas últimas três décadas. Porém desde 2000, ano da primeira eleição de Bush, o número dos extremamente pobres tem crescido “mais que nenhum outro segmento da população”.

“Isso era exatamente o contrário do que nós esperávamos a princípio”, afirmou Steven Woolf, da Universidade da Virginia Commonwealth, um dos co-autores do estudo do McClatchy. “O que estamos vendo não é uma maior proporção da pobreza moderada. O que vemos é um dramático crescimento da pobreza extrema”.

Segundo o diário irlandês Belfast Telegraph, analisando os dados divulgados, “as causas do problema são conhecidas por sociólogos e cientistas políticos. A parcela da renda nacional que vai para os lucros das empresas transbordou para cima muito além salários. Muitos empregos industriais com direitos e sindicalização desapareceram, substituídos por trabalhos precários, mal pagos e sem garantias. As famílias que se situam nos 20% mais ricos concentram mais de 50% da renda nacional, enquanto os 20% mais pobres ficam com 3,5%”.

“A renda média dos 1% mais ricos, depois de pagos os impostos, é 63 vezes maior que a média dos 20% mais baixos. Isso ocorre porque os ricos ficaram ainda mais ricos, e também porque os pobres empobreceram, cerca de 19%, desde o fim dos anos 70. A classe média foi ainda mais comprimida. O conjunto da população, exceto os 20% mais ricos, perdeu renda nos últimos 30 anos, independente dos períodos de expansão ou estagnação econômica”, informou o jornal.






Jornal Hora do Povo