O presidente austríaco Heinz Fischer recebeu esta quarta-feira em Viena o seu homólogo russo Vladimir Putin. As relações comerciais entre a Rússia e a Áustria são o principal motivo da visita mas as recentes divergências entre Bruxelas e Moscovo acabaram por estar no centro das atenções.
Menos de uma semana depois de uma cimeira entre a Rússia e a UE que terminou em desacordo sobre temas como a democracia russa e as relações entre Moscovo e países como a Polónia e a Estónia, Putin voltou a criticar o escudo anti-míssil que os estados Unidos pretendem instalar na República Checa.
"Nós estimamos que essa iniciativa é absolutamente nociva (contraproducente), não é legitimada pela actual situação na Europa, nem no mundo.... o que é que se passa assim de tão negativo na Europa para que se sinta obrigada a inunda o Leste europeu com novo armamento?", afirmou o chefe de estado russo.
O presidente Putin receia que a instalação do escudo desencadeie uma corrida ao armamento e rejeita lições da Europa em matéria de direitos humanos:"penso que devemos estar atentos às críticas que emanam da Europa nesse sentido- ao mesmo tempo que alguns dos nossos parceiros europeus não se devem esquecer que também eles têm problemas suficientes nessa esfera. e quando eles se permitem a empregar certos tons de reprimenda, para nós é inaceitável", adiantou Putin.
A visita de Vladimir Putin a Viena foi contestada por algumas centenas de militantes. O partido dos verdes austríaco fotografias de jornalistas assassinados desde que o antigo agente do KGB chegou ao poder. Horas depois um movimento de tchetchenos residentes na Áustria exigiam liberdade de expressão para o seu país.
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