segunda-feira, março 05, 2007

Pobreza extrema nos Estados Unidos cresceu 26% sob o governo W. Bush entre 2000 e 2005

Pobreza extrema nos Estados Unidos cresceu 26% sob o governo W. Bush entre 2000 e 2005

A quantidade de norte-americanos vivendo na condição de pobreza extrema expandiu-se dramaticamente durante o governo Bush, divulgou a rede de jornais McClathy. A pesquisa revela que a pobreza extrema cresceu 26% entre 2000 e 2005, último ano do censo disponível.

A pobreza como um todo também cresceu neste intervalo, revelou o estudo. Mas a pobreza extrema teve um aumento 56% mais rápido que o da população caracterizada como pobre – cerca de 37 milhões de pessoas conforme o Censo, o que representa 12,5% da população americana, que acaba de superar 300 milhões.

A análise do grupo revelou que o aumento da pobreza extrema no país não está limitado apenas às grandes cidades, mas também se estende às zonas rurais e suburbanas.

De acordo com um estudo publicado no Jornal Norte-Americano de Medicina Preventiva, a percentual de norte-americanos em pobreza extrema tem subido lentamente nas últimas três décadas. Porém desde 2000, ano da primeira eleição de Bush, o número dos extremamente pobres tem crescido “mais que nenhum outro segmento da população”.

“Isso era exatamente o contrário do que nós esperávamos a princípio”, afirmou Steven Woolf, da Universidade da Virginia Commonwealth, um dos co-autores do estudo do McClatchy. “O que estamos vendo não é uma maior proporção da pobreza moderada. O que vemos é um dramático crescimento da pobreza extrema”.

Segundo o diário irlandês Belfast Telegraph, analisando os dados divulgados, “as causas do problema são conhecidas por sociólogos e cientistas políticos. A parcela da renda nacional que vai para os lucros das empresas transbordou para cima muito além salários. Muitos empregos industriais com direitos e sindicalização desapareceram, substituídos por trabalhos precários, mal pagos e sem garantias. As famílias que se situam nos 20% mais ricos concentram mais de 50% da renda nacional, enquanto os 20% mais pobres ficam com 3,5%”.

“A renda média dos 1% mais ricos, depois de pagos os impostos, é 63 vezes maior que a média dos 20% mais baixos. Isso ocorre porque os ricos ficaram ainda mais ricos, e também porque os pobres empobreceram, cerca de 19%, desde o fim dos anos 70. A classe média foi ainda mais comprimida. O conjunto da população, exceto os 20% mais ricos, perdeu renda nos últimos 30 anos, independente dos períodos de expansão ou estagnação econômica”, informou o jornal.






Jornal Hora do Povo

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