domingo, agosto 30, 2009

EUA: com os pés na Colômbia e os olhos no Brasil

 

Os EUA querem manter um papel protagonista no mundo e, para tanto, tentam expulsar a China da África e impedir uma aliança entre Rússia e Europa Ocidental. Essas duas grandes estratégias estão fracassando, daí a necessidade de garantir que a América Latina seja sua zona de influência exclusiva. A presença militar na Colômbia é um passo nesta direção, mas o verdadeiro alvo de Washington na região é o Brasil, país com maior poder relativo da região. A análise é dos cientistas políticos argentinos Marcelo Gullo e Carlos Alberto Pereyra Mele.

Agencia Periodística del Mercosur

Nos centros de planejamento do traçado estratégico dos Estados Unidos sabe-se que passou o tempo da potência única e global. Para enfrentar a União Européia, China e Rússia, Washington quer assegurar o controle da América Latina. Para isso precisa “acabar” com o Brasil. As possibilidades de resistência na região, o papel da Unasul e outras iniciativas de integração – esses pontos foram de uma entrevista exclusiva à Agencia Periodística del Mercosul, concedida pelos cientistas políticos especialistas e geopolítica, Marcelo Gullo (autor dos livros “Argentina-Brasil: a grande oportunidade” e “A insubordinação fundadora. Breve história da construção do poder das nações”) e Carlos Alberto Pereyra Mele, do Centro de Estudos Estratégicos Sulamericanos.
Para Gullo, o interesse geopolítico dos Estados Unidos consiste em atrasar o processo de passagem da condição de potência global para a de uma potência regional. A crise que atingiu o país, acrescenta, não é conjuntural, mas sim estrutural, porque, pela primeira vez desde 1970, ocorreu uma dissociação entre os interesses da alta burguesia norte-americana e os do Estado. A partir da década de 80, as indústrias estadunidenses, buscando pagar salários mais baixos, foram para a Ásia para produzir para o mercado interno norte-americano, alimentando assim um processo de desindustrialização dentro do próprio território. “Isso gerou um enorme processo de desemprego. Esse seria o eixo conceitual da crise financeira global, deixando os EUA desindustrializado, sem empregos suficientes e com 40 milhões de pobres”, diz Gullo.
E acrescenta: “Os EUA querem manter um papel protagonista e, para tanto, tentam expulsar a China da África e impedir a aliança entre Rússia e Europa Ocidental. Essas duas grandes estratégias estão fracassando, daí a necessidade de colocar um pé na Colômbia, um passo para que a América Latina seja sua zona de influência exclusiva”.
Os EUA, lembra, só produzem 15% da energia que consome e a América Latina provê 25% de suas necessidades em matéria de recursos. Pereyra Mele assinala que “a Colômbia é um país bioceânico, é vizinho do país (Venezuela) que vende 15% do petróleo consumido pelos EUA e também do Equador, outro país petroleiro. Desde as bases navais de Málaga e Cartagena de Índias, Washington tem rápido acesso ao maior ponto de comunicação comercial do mundo, o canal do Panamá”. Na mesma direção, Gullo observa que a importância geopolítica da Colômbia para os EUA se expressa tanto no plano tático como no estratégico.
Do ponto de vista tático, ele assinala: “o complexo militar necessita criar focos bélicos para justificar a produção e renovação de material bélico. Sem tal esquema, esse aparato não tem como justificar sua existência”. E do ponto de vista estratégico, “o objetivo é conseguir a capitulação do poder nacional brasileiro; para isso, procura traçar um cerco em volta do Brasil, começando na Colômbia e com a idéia de continuar pela Bolívia e pelo Paraguai”.
Nesse marco, a América Latina é obrigar a reforçar seus acordos regionais, como Unasul, Comunidade Andina de Nações e Mercosul, para evitar fraturas e controlar as turbulências domésticas (como o golpe de Estado em Honduras), que possibilitem a expansão das forças armadas dos EUA na região. Para Pereyra Mele, “a solução ao problema colocado pela ofensiva estadunidense sobre a América do Sul passa pela defesa irrestrita das áreas por onde fluem e se conectam os três sistemas hidrográficos mais importantes: o Orinoco, a Amazônia e o Prata”.
“Para isso devem ser desenvolvidas políticas internacionais coerentes, levando em conta as limitações colocadas pela potência hegemônica. É muito importante aprofundar o Mercosul, aumentar a presença da Unasul e dos organismos de defesa regionais. É necessária a criação de um complexo industrial militar argentino-brasileiro para melhorar nossa capacidade de defesa, sem dependência externa, incorporando outros países”, conclui Pereyra Mele.
Para Marcelo Gullo, a América a conforma uma comunidade cultural única. “Lamentavelmente, do ponto de vista político, a região está dividida em duas. De um lado México, América Central e o Caribe, zona de influência exclusiva dos EUA, e de outro a América do Sul”.
A respeito dessa última reflexão, talvez pudesse se acrescentar que o ódio sistemático dos poderes estadunidenses à Revolução Cubana pode ser explicado pelo fato de esta ter sido a única experiência concreta de freio à hegemonia de Washington sobre as regiões Norte, Central e Caribenha da América Latina. Diante disso, conclui Gullo, “a responsabilidade principal é do Brasil, por ser o país com maior poder relativo da região. O problema é que a classe dirigente brasileira não compreende adequadamente que, para resistir à agressão dos EUA, precisa de sócios fortes e não fracos. Devem compreender que o importante não é sua industrialização isolada, mas sim a industrialização de toda a América do Sul”.
As mudanças de política militares que Barack Obama prometeu em sua campanha presidencial até agora não apareceram. A menos que alguém queira que o caráter identitário passa exclusivamente pela pigmentação da pele, nem que sequer podemos dizer que um afroamericano chegou à presidência. Para além do discurso, Obama solicitou ao Congresso dos EUA a aprovação de 83,4 bilhões de dólares em fundos extras para financiar as aventuras bélicas no Iraque e no Afeganistão, avança com a instalação de novas bases militares na Colômbia e manteve uma posição mais do que ambígua em relação ao golpe de Estado em Honduras.
O orçamento do Pentágono é 50 vezes superior ao total de gastos militares do conjunto de países do sistema internacional. Além disso, realiza os maiores investimentos, em nível mundial, em pesquisas militares e espaciais. Essa disponibilidade de recursos permite aos EUA agir de forma simultânea com ingerências bélicas em diferentes áreas do planeta.
Tradução: Katarina Peixoto

quarta-feira, agosto 26, 2009

Quem quer tomar o pré-sal do Brasil e os seus lobbies

 

FERNANDO SIQUEIRA*

A primeira fonte de pressão sobre o pré-sal são os Estados Unidos, com 29 bilhões de barris de reservas e consumo anual de 10 bilhões. A segunda fonte é o cartel das Sete Irmãs, que já teve controle de 90% das reservas mundiais e hoje tem em torno de 3 a 6% dessas reservas. E nessa condição estão fadadas a desaparecer.

Quem dominou o setor durante 150 anos, com todo tipo de atitude, como subornar, destituir ou assassinar presidentes que nacionalizaram o petróleo, como Jayme Roldós do Equador, que foi assassinado, Enrico Mattei da Itália, que foi assassinado, Mohamad Mossadeg do Irã, que foi deposto. Foram assassinados oito poetas da Nigéria porque eles gritavam ao mundo que a Shell estava destruindo as terras agricultáveis do povo Ogani e agora a Shell está sendo processada, 20 anos depois. A Exxon está sendo processada por causa do derrame no Alasca. Enfim, essas empresas dominaram o setor com mão de ferro e não vão vender barato a sua derrota, sua extinção.

A primeira providência da Exxon foi se fundir para sobreviver. A Exxon e a Móbil se fundiram e criaram a ExxonMobil, a maior empresa de petróleo do mundo e não tem reservas. Mas tem um faturamento brutal, o maior faturamento do mundo.

A Chevron se fundiu com a Texaco e com a Gulf (todas americanas). A British Petroleum da Inglaterra se fundiu com a Amoco dos Estados Unidos. Essas empresas estão se fundindo para não desaparecer. Mas só a fusão não é suficiente. É preciso reservas. Então elas querem o pré-sal, até porque três delas são americanas e uma é anglo-saxônica.

A Total, européia, se fundiu com a Fina. Uma francesa com uma belga. E a Totalfina com outra francesa, a Elf. Essas empresas formam o novo cartel denominado “BIG OIL” e se fundem para sobreviver. Estão atuando fortemente nos três Poderes brasileiros. Nós tivemos esse ano, quatro audiências públicas no Senado. Cada audiência pública com cinco meses de exposição, debate; cada mesa com dois lobistas de peso. No dia 3 de junho, foi feita a primeira na Câmara. Coincidentemente, os lobistas defensores da atual legislação são os mesmos. É o presidente do IBP, João Carlos de Luca, que também é presidente da Repsol, que é uma empresa espanhola comprada pelo Royal Bank of Scotland, que também é dono do Santander, que comprou o Banespa numa condição absolutamente indefensável. Enfim, a Repsol é uma empresa anglo-saxônica, braço das Sete Irmãs.

Comprou a YPF da Argentina e a ENI da Itália. Ela está na Argentina, na Colômbia, na Bolívia, no México, enfim, essas empresas estão fazendo todo o possível para que não mude o marco regulatório brasileiro, para que elas mantenham as vantagens nele contidas. Em contrapartida, “as novas irmãs” são oito estatais que detêm 65% das reservas: Saudi Aramco, Gazprom (Rússia), Inoc (Irã), Petronas (Malásia), PDVSA (Venezuela), Pemex (México), Petrochina e Petrobrás. Além dessas, tem a Nigeriana NNPC e a NIOC do Iraque.

Estão nas mãos das empresas estatais cerca de 80% das reservas, com tendência a aumentar essa posse porque as empresas e os governos se deram conta do alto valor estratégico que o petróleo representa. As chances das irmãs privadas conseguirem novas reservas são muito complicadas. O pré-sal é uma das alternativas que está mais à mão delas, se nós brasileiros não reagirmos, claro.

* Presidente da AEPET.

Texto extraído do livro  “O  pré-sal é nosso - pelo retorno da Lei 2004”.

quinta-feira, junho 25, 2009

Imagens únicas da Coreia do Norte

Data de publicação : 24 Junho 2009 - 12:32pm | Por RNW RNW

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Turistas podem visitar a Coreia do Norte, apesar dos lançamentos de mísseis, dos testes nucleares subterrâneos e dos discursos com ameaças de guerra do regime de Pyongyang. A correspondente da Rádio Nederland acompanhou uma destas visitas, como turista, já que jornalistas não são bem-vindos.

por Jin Lin

Mesmo para os turistas a liberdade de ir e vir no ‘paraíso dos trabalhadores’ é muito pequena. As viagens pelo país são feitas de ônibus e os pernoites são em bons hotéis, bem longe das pessoas comuns. Quase não há contato com cidadãos coreanos, embora dois guias fiquem à disposição dos turistas. Eles falam de seus ideais e da luta contra o imperialismo norte-americano.

Durante a visita à Coreia do Norte os turistas podem ver o melhor do melhor do ‘paraíso dos trabalhadores’. Tudo o que não se encaixa nesta imagem é creditado aos ‘belicosos’ norte-americanos, que tentam destruir a Coreia do Norte com suas sanções. Por causa do ‘inimigo’ norte-americano, a nação sofre com a falta de energia elétrica, pobreza e escassez de alimentos. É a grande desculpa para o empobrecimento do país.

Após a Guerra da Coreia, em 1953, nunca foi assinado um acordo de paz com a Coreia do Sul e os Estados Unidos. Apenas um cessar-fogo foi assinado e vigora até hoje. Mais de sessenta anos depois, o país continua em guerra. Mas desde então, amigos e inimigos continuaram a se desenvolver. Já a Coreia do Norte, sem conexão de internet ou telefones celulares, ficou para trás em uma luta solitária.


http://www.rnw.nl/pt-pt/português/article/imagens-únicas-da-coreia-do-norte


Itália manda refugiados de volta para a Líbia


SEBASTIAAN GOTTLIEB E MARTIJN VAN TOL

11-05-2009

Com base em um novo tratado de amizade, a marinha italiana levou 243 refugiados africanos de volta à Líbia antes que desembarcassem em território italiano. Organizações de apoio a refugiados ficaram zangadas com a ação, pois agora os refugiados não podem mais pedir asilo.

O ministro italiano das Relações Exteriores, Roberto Maroni, chama esta nova abordagem de ‘um marco importante' para barrar a grande afluência de refugiados vindos da África. Ele também elogia o novo tratado porque acaba com a briga com Malta sobre o acolhimento de refugiados. Há entre os dois países uma discordância sobre quem deve acolher os refugiados quando são pegos no Mar Mediterrâneo, fora das águas territoriais.

Pagamento
Em troca da disposição da Líbia em receber os refugiados há muito dinheiro italiano. Roma fez um acordo no ano passado com o líder líbio, Muamar Kadafi, no qual a Itália se compromete a pagar 5 bilhões de euros à Líbia nos próximos 20 anos. Oficialmente, consta que o dinheiro seria para pagar os danos que a Itália causou à Líbia durante a ocupação colonial (de 1911 a 1943). O país diz que irá utilizar o dinheiro principalmente para construir escolas, hospitais e estradas.

A Itália está entusiasmada com o tratado, mas organizações de apoio a refugiados reagiram com preocupação. William Spindler, da UNHCR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), aponta que um direito constitucional está sendo violado, porque desta forma os refugiados não podem pedir asilo nem na Itália, nem na Líbia.

"Estamos preocupados porque esta é uma prática nova que não permite às pessoas pedir asilo. A Líbia é um país que não tem um sistema de asilo funcionando, o país não assinou a Convenção sobre refugiados, de 1961, e por isso não se pode exercer o direito de asilo lá", diz Splinder.

Condições extremas
Entre os refugiados africanos não há líbios, mas principalmente africanos de Gana, Nigéria, Chade, Somália e Eritrea. Frequentemente eles enfrentam condições extremas e uma longa jornada para chegar à costa da Líbia. O jornalista italiano Gabriele Del Grande fez uma série de reportagens sobre estas viagens.

"Uma viagem como esta pode custar de dois a três mil euros e também leva muito tempo. Algumas pessoas levam de três a quatro anos na estrada. Eles têm que ser transportados ilegalmente por redes criminosas, então não há nenhuma garantia. Alguns pagam e os criminosos desaparecem com o dinheiro. Muita gente é presa, especialmente na Líbia, e detida em condições desumanas", descreve Gabriele Del Grande.

Os que conseguem chegar à costa da Líbia fazem a travessia para a Europa em barcos frágeis e superlotados. Até agora, eles eram acolhidos em campos de refugiados em Malta e na ilha italiana de Lampedusa. O que os espera na Líbia quando são mandados de volta?

"As condições na Líbia são péssimas, as prisões estão superlotadas. Não há condições de higiene e há muita violência por parte da polícia. Temos muitas testemunhas de abusos e tortura, temos testemunhas de mulheres que foram violentadas por policiais dentro dos campos de detenção", conta Gabriele. "E o que acontece depois de meses de detenção nas prisões é que refugiados são deportados aos seus países de origem mesmo quando correm risco de serem torturados ao retornar."

Êxodo
Os migrantes e contrabandistas de pessoas estão sabendo do novo tratado entre Itália e Líbia. Nos últimos meses, um verdadeiro êxodo vem acontecendo do porto de Trípoli. Nos primeiros três meses deste ano, cerca de 12 mil africanos se arriscaram a fazer a travessia, contra um total de 35 mil em todo o ano de 2008. E isso porque as condições climáticas para a travessia são muito piores no início do ano do que no verão.

segunda-feira, junho 22, 2009

CONTINENTE ASIÁTICO

GEOGRAFIA

 

Resumo: o continente asiático tem sido amplamente divulgado na mídia, principalmente à parte do oriente, é fundamental conhecermos um pouco sobre esses países; esse tutorial falará um pouco sobre esse assunto.

A superfície total da terra possui 510.000.000 km. Deste total, 360.000.000 km são de terras imersas e 150.000.000 km são de terras emersas.

O hemisfério Sul é chamado hemisfério das águas porque possui apenas 1/3 das terras emersas. É no hemisfério Norte que se concentram 2/3 dessas terras.Devido a isto, é chamado hemisfério das terras ou continental.

De todos os continentes o maior e mais populoso é a Ásia. Ela apresenta espaços geográficos diferenciados.

Foi no continente asiático que teve início o processo de civilização do homem. Na Ásia originaram-se as primeiras cidades:

» Aproximadamente 3.500 anos, as margens dos rios Tigre e Eufrates (Mesopotâmia).

» 2.500 a C, no vale do rio Indo.

» 1.550 a C, no vale do rio Amarelo.

A superfície da Ásia é de 44.329.852 km, o que corresponde a quase 30% das terras emersas, situadas totalmente no hemisfério Oriental e em maior parte ao norte do Equador.

A Ásia limita-se:

» Ao norte, com o oceano Glacial Ártico;

» Ao sul, com o oceano Índico;

» A leste, com o oceano Pacifico;

» A oeste, com a Europa e o mar Mediterrâneo;

» A sudoeste, com a África e o mar Vermelho.

A Ásia e a África eram antes unidas pelo istmo de Suez, aberto em 1869, agora Canal de Suez.

No litoral sul do continente Asiático, encontramos outras áreas importantes para a navegação comercial, como o golfo Pérsico ou Arábico e o golfo de Omã.

O golfo Arábico ou o golfo Pérsico demonstra, através da própria duplicidade de sua denominação, a disputa, entre árabes e persas, pelo seu domínio.

Através do Canal de Suez e destes golfos, os países produtores de petróleo escoam sua produção para o resto do mundo.

O litoral do continente asiático é bastante recortado, com uma grande quantidade e penínsulas:

» Península da Anatólia, na Turquia;

» Península Arábica, onde se situam a Arábia Saudita, Emirados Árabes, Catar, Berlim, Omã e Lêmen;

» Península do Decã, na índia;

» Península da Malaia, onde se situam a Malásia e Cingapura;

» Península da Indochina, onde se localizam Vietnã, Laos, Tailândia e Camboja;

» Península da Coréia, com Coréia do Norte e Coréia do Sul;

» Península de Kamtchatka, na Rússia.

Os principais planaltos do continente são:

» Planalto de Anatólia, na Turquia;

» Planalto da Arábia, situado na porção oeste da península Arábica;

» Planalto do Irã, localizado em território iraniano;

» Planalto do Decã, na Índia, corresponde a porção central da península do Decã;

» Planalto do Tibet, ao norte da Cordilheira do Himalaia;

» Planalto da Mongólia, na Mongólia;

» Planalto de Pamir, denominado “telhado do mundo” com altitudes superiores a 4.000 m.

» Planalto Central Siberiano, na Rússia.

Encontramos externas planícies irrigadas por rios, que são utilizados como via de transportes e produzem energia elétrica.

São cinco as grandes Planícies asiáticas:

» Planície Siberiana: situada na Rússia, entre os montes Urais e o planalto Central Siberiano; é a mais extensa do continente, com 7 milhões de km.

» Planície da Mesopotâmia: situada entre os rios Tigres e Eufrates.

» Planície Indo-gangética: atravessada pelos rios indo e Ganges, é formada por sedimentos provenientes da erosão das montanhas, trazidos por estes rios.

» Planície da china: localizada no leste da Ásia, é atravessada por dois importantes rios: Rio Azul e Rio Amarelo.

Nas planícies da Mesopotâmia, Indo-gangética, da China e do Mekong desenvolve-se a cultura do arroz, base alimentar dessas populações, o que ocasiona grandes concentrações populacionais nestas áreas.

O continente asiático ainda conta com outra forma de relevo: é a depressão. A maior depressão absoluta da Ásia é o mar Morto, que se encontra a 392 m abaixo do nível do mar.

O mar Cáspio também é considerado uma depressão absoluta, com 28 metros abaixo do nível do mar.

O Clima Asiático

O clima de um local qualquer da terra recebe a influência de fatores como: latitude ou posição geográfica, altitude, relevo, massas de ar e maritimidade. O continente asiático possui uma grande variedade climática como conseqüência da atuação desses fatores.

O clima do continente asiático é tão diversificado quanto o seu relevo. O relevo da Ásia apresenta altitudes bastante elevadas, como a da cordilheira do Himalaia, onde existe a ocorrência de clima frio de alta montanha, porque, aproximadamente, para cada, 200 m que subimos, a temperatura diminui 1°C.

A península Arábica e o Irã, no sudoeste da Ásia, recebem a atuação das massas de ar quentes e secas da África; conseqüentemente, a península Arábica e o Irã apresentam, clima desértico e semi-árido, com elevadas temperaturas e escassa umidade.

O clima das monções é resultante da atuação das massas de ar que se deslocam do continente para o oceano, e do oceano para o continente, em deferentes épocas do ano. Isso acontece como conseqüência das diferenças de temperatura e de pressão atmosférica entre continente e oceano.

As terras da Ásia situadas ao norte que possuem relevo aberto a penetração das massas polares apresentam inverno bastante rigorosos.

Existem ainda, na Ásia, regiões onde as chuvas são escassas, porque as massas oceânicas carregadas de umidade são barradas pelas altas montanhas, provocando a ocorrência de climas desérticos, como acontece na parte central do continente, nos desertos de Gobi e do Tibet, na China.

O continente asiático apresenta um relevo no sentido leste-oeste, que impede a movimentação das massas de ar frio do norte para o sul, e quente do sul para o norte.

A Hidrografia do continente Asiático

Os rios asiáticos desempenharam importante papel na fixação do homem. Estes rios correm das altas montanhas da região central em direção aos oceanos Pacífico, índico e Ártico.

Os rios asiáticos em sua maior parte possuem regime pluvial e nival, isto é, são alimentados pelas águas provenientes das chuvas e do derretimento das neves.

Uma característica da hidrografia asiática é a existência de grandes bacias internas que recolhem, em suas depressões, água que não correm para os oceanos.

Estas bacias estão situadas em áreas de clima seco, desempenhando um importante papel, como é o caso do rio Jordão, que possibilita o desenvolvimento de culturas irrigadas nas áreas secas que atravessa.

O rio Indo e o rio Ganges nasce nas cordilheiras do Himalaia. São de grande importância econômica, pois, durante as suas cheias, fertilizam as terras por onde passam.

Na planície Siberiana encontram-se rios que tem suas águas congeladas no inverno e no verão provocam enchentes. O rio Mekong também é de importância econômica para os países que atravessa. Em suas margens, é cultivado o arroz, alimento básico dos orientais.

A vegetação do continente Asiático

O relevo e a diversidade do clima são fatores que determinam a sua cobertura vegetal. No norte da Ásia onde o clima é frio, co temperaturas que tem em determinado locais chegam a 70°C. Encontramos dois tipos de vegetação: a tundra, nas regiões onde predomina o frio polar, e a floresta de taiga, onde existe a ocorrência do frio continental.

A Tundra é formada por liquens e musgos; é bastante pobre e passa a maior parte do tempo congelada. No alto verão, quando ocorre o degelo, a Tundra ressurge com flores.

A Taiga tem, como espécies predominantes, formações florestais que possuem folhas pontiagudas, em forma de agulha para diminuir a perda da água, como o pinheiro.

A Taiga siberiana é bastante explorada e dela se retira principalmente a madeira para a fabricação de papel.

As estepes e pradarias aparecem nas áreas próximas aos desertos. São espécies rasteiras de gramíneas, com poucos arbustos.

As gramíneas servem de alimento para os rebanhos de ovinos e caprinos. A vegetação de deserto aparece onde as condições de aridez são muito acentuadas; constitui-se de plantas rasteiras e arbustos isolados. Esta vegetação é chamada de xerófila. Nas ilhas de maior umidade, aparece os oásis, com tamareiras e outras espécies típicas.

As florestas tropicais e equatoriais aparecem nas regiões próximas ao Equador que apresentam elevadas temperaturas e altos índices pluviométricos, como: Península Malaia, Península da Indochina, uma parte da índia e nas ilhas Sumatra, Bornéo, Nova Guiné e Filipinas.

Devido às altas temperaturas e a umidade, a Ásia Equatorial e Ásia das Monções apresentavam uma vegetação original densa e com árvores de grande altura. Estas florestas foram tão exploradas pelo homem que modificaram o ecossistema. A Savana aparece nas áreas vizinhas as florestas tropicais e equatoriais.

A Floresta subtropical e temperada ocorre em áreas do território chinês, Coréia do Norte e Coréia do Sul e no Japão. Estas florestas também sofreram intensa exploração e ocupação humana.

http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/arlindojunior/geografia040.asp

O CONTINENTE ASIÁTICO

 

O mapa do maior continente do mundo, a Ásia

A Ásia é o maior continente do mundo, corresponde a um terço das emersas, é banhado por três oceanos, Índico (ao sul), Pacífico (a leste) e o Antártico (ao norte). Ao norte a cadeia de montanha separa o continente da Europa (fronteira natural).
As características naturais e climáticas são abrangentes, uma vez, que se trata de uma imensa extensão territorial. O clima pode variar de equatorial e tropical até polar, e as vegetações presentes no continente, são dentre elas, florestas equatoriais, tropicais, temperadas, estepes, savanas e pradarias, vegetação desértica, taiga e a tundra, o relevo é composto por grandes altitudes.
Devido à extensão territorial do continente asiático, foi realizada uma regionalização do continente, dessa forma a Ásia ficou classificada como Oriente Médio, Sul da Ásia, Sudeste da Ásia, Extremo Oriente e países da ex-União Soviética.

O continente Asiático é o mais populoso do mundo, com uma população de aproximadamente 3,8 bilhões de pessoas, que corresponde a 60% do total da população mundial. De cada dez países mais populosos do mundo, sete encontra-se no continente Asiático (China, Índia, Indonésia, Paquistão, Rússia e Japão).
O processo de colonização e descolonização da Ásia é bastante semelhante com o ocorrido na América Latina e na África, que ficou caracterizado pela intensa exploração. No século XV com as grandes navegações as potências Européias começaram a manter relação com a Ásia, até o século XIX as relações eram estritamente comerciais por meio das feitorias.

A exploração se tornou intensa somente nos séculos XIX e XX, quando as potências Européias passaram a conquistar territórios no continente, as conquistas tinham como razão principal a exploração de recursos naturais e matérias-primas para atender as necessidades industriais. No século XX outras potências queriam explorar o continente como os Estados Unidos, Japão e Rússia.
Antes de ocorrer à expansão colonialista era raro o contato entre asiático e europeu. No sudeste asiático a colonização causou modificações na cultura local, o cultivo de arroz despertou cobiça e disputas territoriais, pois o clima era favorável ao desenvolvimento das monocultoras, geralmente culturas apreciadas na Europa.
O Oriente Médio, do século XIII até XX, se encontrava sob domínio do Império Turco-Otomano (Árabes), (Curdos) e (Persas). Ao apoiar a Alemanha na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) o Império foi derrotado perdendo áreas de domínio para Ingleses e Franceses. Após a independência dos países do Oriente Médio, os limites territoriais estabelecidos pelos Europeus promoveram uma instabilidade política na região que são apresentadas até os dias de hoje.
O processo de colonização esbarrou na força de grandes civilizações (hindu e chinesa), essas são civilizações com poder de dinastia, com uma estrutura social, possuía exército, duas sociedades com rigoroso código de conduta moral, firmados na religião e que não iria admitir a imposição cultural européia.

No entanto, mesmo com a resistência, os países Europeus com sua superioridade militar e estratégias, conseguiram derrotar as grandes nações asiáticas e explorá-las. Atualmente a China e Índia são importantes potências regionais, e em ascensão no cenário mundial.

O processo de descolonização do continente asiático teve início através de iniciativas anti-colonização e no enfraquecimento das nações Européias após a Segunda Guerra Mundial, a maioria dos países herdaram problemas econômicos e sociais.

quarta-feira, abril 29, 2009

OMS diz que surto de gripe suína se aproxima do nível 5 e indica pandemia

 

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da Folha Online

A OMS (Organização Mundial de Saúde) informou nesta quarta-feira que o desenvolvimento da epidemia de gripe suína --que já atinge 11 países-- coloca a agência mais perto de decretar o alerta de nível 5, em uma escala que vai de 1 a 6. O nível cinco indica que uma pandemia --uma epidemia que afeta vários países simultaneamente-- é iminente e não pode ser evitada.

"Estamos nos aproximando da fase cinco, mas ainda não chegamos", disse Keiji Fukuda, secretário-geral adjunto da OMS, em Genebra (Suíça). "Esse passo é muito significativo, e temos de estar absolutamente seguros de que haja uma transmissão sustentada do vírus em ao menos dois países."

Mais cedo, a ministra de Saúde da Espanha, Trinidad Jimenez, afirmou que uma das dez pessoas infectadas com gripe suína no país não esteve recentemente no México. O anúncio pode indicar que a doença respiratória está sendo transmitida de espanhol para espanhol, o que caracterizaria um novo foco de epidemia, além do México.

Perguntas e respostas sobre a gripe suína
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O vírus é transmitido como o de uma gripe comum, de pessoa para pessoa, e até agora as autoridades de saúde registraram que os antigripais Relenza e Tamiflu são eficientes contra a infecção. Embora tenha tido origem provável em porcos, não há risco de contrair a doença pela ingestão de carne de porco, porque a temperatura de cozimento (acima de 70ºC) mata o vírus.

Os sintomas em humanos são parecidos com os da gripe comum e incluem febre acima de 39°C, falta de apetite e tosse. Algumas pessoas com a gripe suína também relataram ter apresentado catarro, dor de garganta, náusea.

Michaela Rehle/Reuters

Em todo o mundo, médicos fazem análises de amostras de salivas de pacientes infectados com a gripe suína

Em todo o mundo, médicos fazem análises de amostras de salivas de pacientes infectados com a gripe suína

Segundo Fukuda, a OMS monitora a situação de perto e que não há evidência de que o vírus esteja diminuindo seu ritmo de transmissão.

O secretário-geral adjunto afirmou ainda que 114 casos de contaminação por gripe suína foram registrados oficialmente em todo mundo. Ao listar os casos, Fukuda afirmou ainda que houve sete mortes no México --número revisado na noite desta terça-feira pelo governo mexicano-- e uma nos Estados Unidos.

"Isso dá um total de 114 casos às 17h de hoje [12h no horário de Brasília] que foram oficialmente reportados à OMS", disse.

Autoridades no México afirmam que até 159 pessoas podem ter morrido no país por causa da epidemia de gripe suína, que já deixou 2.500 infectados.

Nos Estados Unidos, um bebê mexicano de 23 meses morreu em um hospital de Houston, no Texas, por gripe suína --a primeira vítima fora do México.

Segundo David Persse, diretor de serviços médicos de emergência de Houston, a família do bebê, que se mudou do México para Brownsville, no Texas, está bem e não apresenta sintomas da doença.

O menino vivia em Matamoros, na fronteira do México com o Texas, disse Persse. Ele veio com a família do México para visitar parentes em Brownsville, no Texas, onde começou a demonstrar sintomas da doença. Em seguida, ele foi levado a um hospital de Houston, onde morreu na noite desta segunda-feira (27).

Segundo o Departamento de Serviços de Saúde do texas, citado pela agência Associated Press, o menino já apresentava sintomas da doença no México e deu entrada no hospital poucos dias depois com febre e outros sintomas de gripe.

A epidemia de gripe suína atingiu ainda outros nove países. Há casos confirmados na Alemanha, Inglaterra, Escócia, Áustria, Espanha, Canadá, Israel, Costa Rica e Nova Zelândia.

A OMS havia elevado o nível de alerta de 3 para 4 nesta segunda-feira (27), com um alerta para que os governos se mantivessem preparados para a possibilidade de uma pandemia.

Arte Folha de S.Paulo

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29 de abril de 2009 | N° 15954 Zero HPRA

NOVO VESTIBULAR

 

Com o processo unificado, candidatos já têm opções de cursos em 12 cidades no Estado

Três das seis universidades do Rio Grande do Sul já aderiram ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como única forma de ingresso em 2010. É o fim do vestibular tradicional nas federais de Pelotas (UFPel), do Pampa (Unipampa) e de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Juntas, as instituições já oferecem aos estudantes cursos em 12 cidades gaúchas.
Nas três instituições do Estado, a participação no sistema unificado de seleção (com provas marcadas para 3 e 4 de outubro) foi aprovada com a maioria dos votos. Mas não agradou a todos. Vestibulandos de Porto Alegre, que têm a UFCSPA como principal opção ao curso de Medicina, tentaram evitar a mudança, com um abaixo-assinado.
– Isso não é justo. A mudança não poderia ser assim tão rápida – reclamou Julia Silveira Martha, 19 anos.
Entre as principais preocupações dos estudantes está o desconhecimento do novo conteúdo. Em frente à universidade, o grupo que promoveu a manifestação também disse entender que o processo da UFCSPA já estaria em andamento com a divulgação das leituras obrigatórias no site, o que foi contestado pela reitora Miriam da Costa Oliveira.
– Encaro com naturalidade a reação dos estudantes, que é justa. Mas vai passar. Eles devem continuar estudando. O Enem não exige preparação extra – disse Miriam, destacando que a universidade não mudou as regras, e a leitura feita até agora não prejudicará nenhum candidato.
Ao anunciarem a decisão na sexta-feira, a Unipampa e a UFCSPA cumpriram o prazo do Ministério da Educação (MEC), que pediu a posição das federais até amanhã. Com isso, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela elaboração e aplicação do exame, terá seis meses para promover as mudanças que prometem ampliar o conteúdo do Ensino Médio na prova, que passa de 63 para 200 questões objetivas e uma redação.

O perfil das instituições

UFCSPA

- O campus está no centro da Capital. Oferece 368 vagas para sete cursos da área da saúde, entre eles o de Medicina, avaliado pelo MEC como o 1º no Estado e 2º no país. Na instituição, é possível cursar também Biomedicina, Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia.

Informações: www.ufcspa.edu.br

A UFPel

- Os campi estão na cidade de Pelotas, no sul do Estado. Com mais de 50 cursos, está entre as maiores do Rio Grande do Sul. Entre as opções, o curso de Medicina é o mais procurado. O curso de Meteorologia e o de Música são destaques. No verão de 2009, ofereceu 2.176 vagas, sendo 87 para o programa de avaliação seriada (Pave). Informações: www.ufpel.edu.br

Unipampa

- É a mais jovem universidade federal do Estado. Oferece 2.060 vagas em 10 cidades gaúchas: Alegrete, Bagé, Caçapava do Sul, Dom Pedrito, Itaqui, Jaguarão, Santana do Livramento, São Borja, São Gabriel e Uruguaiana. Há cursos de Geofísica e Tecnologia em Aquicultura (únicos no Estado). As engenharias oferecem mais opções no campus Bagé, e os cursos da saúde estão em Uruguaiana.

Informações: www.unipampa.edu.br

Indefinidos no Estado

> A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) deve decidir até o final de julho pela adesão parcial do exame.

> Rio Grande (Furg) e Santa Maria (UFSM) ainda não definiram como procederão neste ano.

terça-feira, abril 28, 2009

MEC dá mais uma função ao Enem

 

Novo exame do ensino médio também deve substituir avaliação de alunos que estão no 1.º ano da graduação

Renata Cafardo

 

Além de substituir o vestibular, o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deve ser usado como parte do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), feito por alunos de faculdades, universidades e centros universitários do País.
Hoje, alunos do primeiro e do último ano de cursos de graduação precisam realizar a prova. A intenção do Ministério da Educação (MEC) é que os jovens que fizerem o novo Enem ao fim do ensino médio sejam dispensados do Enade aplicado aos calouros. A mudança deve ocorrer no ano que vem, mas já está sendo organizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do MEC responsável pelas avaliações.
Este é o primeiro ano em que o Enade será obrigatório para todos os calouros e formandos dos cursos avaliados. Até 2008, o exame era feito por amostragem. Mais de 1 milhão de pessoas ingressam no ensino superior por ano no País.
Será a primeira vez também que o Enem passará a ser elaborado para que seu resultado possa ser comparado ano a ano. Até então, a prova tinha um nível de dificuldade diferente a cada edição. As duas mudanças vão ajudar na comparação de Enem e Enade em 2010. "Não é preciso ter exames idênticos para se comparar, e sim instrumentos capazes de medir o potencial de aprendizado dos alunos, como o novo Enem", diz o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes.
O Enem tinha 63 questões até o ano passado, mas está sendo ampliado para ser usado por universidades federais como processo seletivo. Ele passará a ter 200 perguntas de quatro áreas: matemática, ciências da natureza, ciências humanas e linguagem e códigos.
Segundo Fernandes, a ideia é usar só as provas de matemática e de ciências humanas e linguagem como substitutas do Enade. Hoje, quem está no primeiro ano do ensino superior faz um exame de conhecimentos gerais e outro específico (sobre a área do curso), mas esse será eliminado no novo formato. O mesmo exame é aplicado aos formandos, para avaliar os conhecimentos adquiridos na graduação. A instituição recebe uma nota específica para isso, chamada de Indicador de Diferença de Desempenho (IDD).
"O Enem será melhor para essa comparação porque é feito antes do ingresso no curso superior", diz Fernandes. Hoje, o Enade é criticado porque realiza a prova para calouros depois de alguns meses de curso. "O estudante já fez algumas disciplinas, foi orientado a ler livros, já teve a influência da vivência universitária", afirma o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras do Ensino Superior do Estado de São Paulo (Semesp), Hermes Figueiredo.
Ele defende também que o Enem sirva para que participantes manifestem interesse pela inscrição no Programa Universidade para Todos (ProUni), que dá bolsas a carentes em universidades privadas, e no Financiamento Estudantil (Fies).
Com a mudança, o MEC pretende estimular mais ainda uma adesão maciça ao Enem, que na última edição teve 4 milhões de inscritos. O governo deve criar uma nova prova, apenas com português e matemática, para calouros que não participarem do Enem, já que esse exame não é obrigatório.
A participação no Enade, por sua vez, é exigida para a obtenção do diploma no País. Ele substituiu o Provão e uma das diferenças era o fato de avaliar apenas por amostragem. No último ano, participaram 118 mil ingressantes e 71 mil concluintes de áreas como Engenharia e Arquitetura.
A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lúcia Stumpf, acha que o uso da nota do Enem no Enade será bom para os alunos, mas mantém suas críticas à avaliação do ensino superior. "O Enade continua permitindo rankings de universidades, como o Provão, e a avaliação interna da instituição não é valorizada."

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090423/not_imp359012,0.php

Data do novo Enem é 3 e 4 de outubro

 

Da Agência Brasil

O novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que deverá fazer o papel de vestibular unificado para as universidades federais, já tem data marcada: 3 e 4 de outubro. O cronograma apresentado nesta quarta-feira (8) aos reitores das instituições prevê a divulgação dos resultados da prova objetiva em 2 de dezembro e da redação em 8 de janeiro de 2010. Pelos cálculos do Ministério da Educação (MEC), o novo exame deverá ter a participação de 4 a 5 milhões de estudantes, em vez dos atuais 3 milhões.

  • A partir da divulgação dos resultados, o aluno irá se inscrever em um sistema online a partir do número do CPF. O sistema que será semelhante ao usado na seleção de bolsas do Prouni (Programa Universidade para Todos). O estudante deverá escolher cinco opções de cursos, que podem ser em uma mesma universidade ou em instituições federais diferentes. A partir dessa inscrição, o candidato poderá monitorar diariamente como está a concorrência para os cursos escolhidos. Ele poderá alterar, a qualquer momento, a opção que pretende disputar.
    "Na prática, o estudante concorre a todas as vagas das universidades federais. A partir do momento que ele percebe que suas chances são menores em um curso específico, ele pode migrar", explicou o ministro da Educação, Fernando Haddad. Caso o estudante não seja selecionado para o curso que marcou como prioridade, ele pode ser aprovado para a sua segunda opção, de acordo com a sobra de vagas.
    Segundo o ministro, esse sistema só poderá ser utilizado pelas universidades que adotarem o Enem como prova única de seleção. Ou seja, aquelas que quiserem aplicar uma segunda fase além do exame nacional não incluirão as suas vagas nesse sistema. "Se a primeira opção do aluno é um curso em que é exigida mais uma fase, ele poderá ser prejudicado, porque, se ele não passar na segunda fase, aquela vaga que ele marcou na segunda opção já terá sido preenchida", disse.
    Haddad ressaltou que os modelos de avaliação seriada adotados por algumas instituições, como a UnB (Universidade de Brasília), não ficam impedidos de existir com o sistema unificado. A universidade poderá reservar parte das vagas para essas formas de seleção, bem como para as políticas afirmativas de cotas.
    O sistema permitirá ainda que a instituição atribua pesos distintos às notas do aluno nas diferentes provas do Enem. O mecanismo já é usado por algumas seleções que dão maior peso ao resultado das provas da área de exatas, por exemplo, ao selecionar um aluno para o curso de engenharia.
    O novo Enem será formado por quatro provas e uma redação que devem ser aplicadas em dois dias. A idéia é que sejam realizados testes de linguagens e códigos, matemática, ciências naturais e ciências humanas, cada um com 50 itens.
    Um termo de referência com todos detalhes técnicos foi entregue ontem aos reitores que irão discutir nas universidades se vão aderir ao novo Enem como forma de seleção em substituição ao vestibular. De acordo com Haddad, o ministério ainda não contabilizou quantas instituições manifestaram esse interesse. Mas ele voltou a afirmar que a proposta tem sido bem aceita.
    "As instituições têm toda a liberdade para não aderir, aderir como unificado ou aderir parcialmente. Acho que o debate amadureceu nos últimos anos ", avaliou. Também já foi criado um comitê de governança que será responsável pela criação desse novo modelo de vestibular. Fazem parte do grupo as universidades federais, os secretários estaduais de Educação e o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pelo Enem.
    Nesta quarta (8), o ministro se reuniu com a presidente do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), Maria Auxiliadora Seabra, para apresentar o novo modelo. Segundo ele, a proposta foi recebida com "satisfação" porque as mudanças pensadas para o ensino médio não podiam sair do papel, uma vez que a etapa era muito voltada ao atual modelo de vestibular. "Finalmente será possível fazer a reestruturação do ensino médio, que hoje é completamente subordinado a um processo [os vestibulares] de que eles [secretários de Educação] não participam", afirmou.
    Na próxima semana, Haddad se reunirá mais uma vez com os reitores das universidades federais para acompanhar a aceitação da proposta.
    Amanda Cieglinski

    UOL

    O novo Enem no vestibular

    23/04/2009 - 15h35

     

    Da Redação
    Em São Paulo

    A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) decidiu que vai utilizar o novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) na seleção de estudantes para 2010. O Conselho Universitário da instituição aprovou o novo formato na última quarta-feira (22). Cada curso deverá definir a forma de utilização até o fim de maio.

  • "Espero que seja o fim do vestibular tradicional", diz ministro
  • Federais terão quatro maneiras de usar o Enem
  • Enem poderá preencher vagas ociosas
  • Faculdades particulares e estaduais podem aderir ao novo Enem
  • O que você achou do novo Enem?
  • Vestibular unificado será mais democrático

    No próximo mês, os coordenadores de cada curso, junto dos professores, avaliarão se o resultado do Enem será utilizado no processo de seleção de forma única ou se servirá como a primeira fase para o ingresso, oferecendo ao estudante uma forma mista de avaliação.
    Após a definição de cada curso, a decisão será oficializada pelo Conselho de Graduação. O novo modelo já será aplicado a partir do próximo ano.
    "Este é um importante passo na democratização do ensino superior. Nesta nova administração vamos trabalhar para que o acesso ao ensino público e de qualidade seja estendido a todos os interessados", afirma Walter Manna Albertoni, reitor da instituição.

    Como será a implantação
    A implantação do novo modelo será realizada pela Pró-Reitoria de Graduação, dirigida pelo pró-reitor professor Miguel Roberto Jorge. "Vamos participar desta experiência e, se necessário, ajustar posteriormente o modelo para que sua aplicação seja a mais adequada possível. Cursos mais antigos e disputados - como o de medicina - provavelmente deverão adotar o Enem como primeira fase de seu vestibular, mas outros cursos da Unifesp poderão preferir adotar o Enem como fase única", explica o pró-reitor.
    De acordo com ele, o novo modelo será uma alternativa interessante e viável para trazer mais estudantes a cursos que passaram a ser fornecidos nos últimos anos pela Unifesp, dentre eles, serviço social (campus Santos), letras-português (campus Guarulhos), tecnologias oftálmica e radiológica (campus Vila Clementino) e matemática computacional (campus São José dos Campos).
    O novo Enem
    O novo Enem está marcado para outubro e deve contar com 200 questões e uma redação. O aluno terá dois dias para realizar a prova, que será válida por três anos.
    No novo modelo de ingresso, o candidato optará por concorrer em até cinco opções de cursos e instituições de sua preferência (desde que eles tenham feito opção por utilizar o Enem como fase única de seu vestibular), independentemente do local de sua residência. Não é necessário haver vinculação entre as opções, assim o candidato poderá escolher cursos diferentes em instituições distintas.
    UOL

  • quarta-feira, março 18, 2009

    China preocupa-se com segurança dos empréstimos que fez aos EUA

     

    A Casa Branca asseverou oficialmente à China que “não existe aplicação mais segura no mundo” para as reservas de divisas do país asiático e pediu encarecidamente a Pequim que continue emprestando, em reação às preocupações manifestadas pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, na semana passada, sobre a sorte de centenas de bilhões trocados por títulos do Tesouro dos EUA e papéis norte-americanos. “Para ser sincero, estou um pouco preocupado”, afirmou Jiabao, no último dia da sessão anual do pleno do parlamento chinês, na sexta-feira 13. “Já emprestamos muito dinheiro aos Estados Unidos”, acrescentou.

    Sem esse dinheiro, os EUA não teriam como financiar seu déficit, que este ano, em decorrência da crise e da falta de poupança interna, chegará a 12% do PIB. A otimista declaração de que “não existe aplicação mais segura no mundo” foi feita pelo porta-voz Robert Gibbs. Desde setembro, a China ultrapassou o Japão como o maior credor dos EUA.

    Nessa mesma entrevista, Jiabao havia reiterado que “é claro que estamos preocupados com a segurança de nossos ativos”. Afinal, somente em títulos do Tesouro e outros papéis o montante de dinheiro chinês emprestado aos EUA ultrapassa os US$ 727 bilhões. Diz-se até que o banco de hipotecas Freddie Mac só não faliu porque era “too chinese to fail” – “demasiado chinês para quebrar”. Também querendo tranqüilizar Pequim, o diretor do Conselho de economistas da Casa Branca, Lawrence Summers, garantiu que Washington “é um zeloso guardião” das reservas da China.

    Prevendo um déficit de 1,752 trilhão de dólares para o exercício fiscal 2008-2009 que finaliza em setembro, agravado por medidas excepcionais tomadas para sustentar a economia americana, o governo dos EUA dificilmente pode dispensar os empréstimos apor-tados pela China.

    sábado, março 14, 2009

    Encontro do Conselho de Defesa da Unasul


    Conselho condiciona presença dos EUA ao fim
    do bloqueio a Cuba

    Os ministros de Defesa dos 12 países da União de Nações Sul-americanas, Unasul, puseram oficialmente em funcionamento o Conselho de Defesa do organismo regional, para promover a cooperação entre as distintas forças armadas, gerar operações de paz conjuntas e dar transparência aos gastos militares.

    Em declaração anexa acordaram impulsionar uma luta coordenada contra o narcotráfico. Observadores assinalaram que, desta forma, se coloca uma barreira à política intervencionista dos EUA, que usam o pretexto de combate ao narcotráfico para manter tropas e bases em alguns países e realizar ações de espionagem.

    Os ministros da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela foram recebidos no palácio de La Moneda pela presidente Michelle Bachelet, cujo país exerce a presidência pro-tempore da Unasul.

    Ao inaugurar o primeiro Conselho, o ministro chileno de Defesa, José Goñi, precisou que se trata de “um mecanismo para gerar nossas opiniões, nossas visões e nosso próprio plano de ação em assuntos de defesa”. Esclareceu, ainda, que o CDS não quer nenhuma semelhança com a OTAN, mas tem como objetivo “dar vida a uma aliança que fortaleça a confiança mútua mediante a integração, o diálogo e a cooperação em matéria de defesa. É uma zona de paz, base para a estabilidade democrática e o desenvolvimento integral dos povos”.

    Em sua primeira declaração, o Conselho de Defesa Sul-americano condicionou a possibilidade de que os Estados Unidos ingressem como observadores a esta instância a que Washington mude sua relação com Cuba.

    A posição, aprovada pelos 12 ministros participantes, foi apresentada pelo ministro de Defesa do Brasil, Nelson Jobim, que afirmou que “a mudança das relações dos EUA com Cuba é uma condição para uma nova apresentação desse país na região”, assegurando que assim o expressou ao chefe do Estado Maior Conjunto norte-americano, Mike Mullen, que visitou o Brasil, Chile e Colômbia, na semana passada.
    A ministra argentina, Nilda Garré, coincidiu em que “Cuba é um tema pendente para a região” e acrescentou que a nova administração americana “tem uma oportunidade para acabar com essa situação injusta e discriminatória”.

    Walter San Miguel, ministro boliviano de Defesa, perguntado sobre o bloqueio norte-americano, assinalou que se trata de medidas contra o povo cubano e sublinhou que “nós não concordamos com medidas hegemônicas”.

    Os 12 ministros da área reiteraram que os EUA não poderão mudar “sua carta de apresentação” ante a região, enquanto mantenham o bloqueio econômico a Cuba.

    MAssacre em GAZA _Carta Maior

    Réquiem por Israel?
    Uma leitura atenta dos textos dos sionistas fundadores do Estado de Israel revela tudo aquilo que o Ocidente hipocritamente ainda hoje finge desconhecer: a criação de Israel é um ato de ocupação e como tal terá de enfrentar para sempre a resistência dos ocupados; não haverá nunca paz, qualquer apaziguamento será sempre aparente, uma armadilha a ser desarmada. O artigo é de Boaventura Sousa Santos.
    > LEIA MAIS | Internacional | 12/01/2009

    A água (que ninguém vê) na guerra
    Na guerra do momento - Israel em Gaza -, por que a mídia não fala sobre a água - um dos itens mais importantes dos conflitos no Oriente Médio? Embora Israel tenha sérios problemas com recursos hídricos, detém o controle dos suprimentos de água, tanto seus como da Palestina. Além de restringir o uso d'água, luta pela expansão do seu território para obter mais acesso e controle deste recurso natural.
    > LEIA MAIS | Internacional | 11/01/2009

    Gaza: mais um capítulo no holocausto palestino
    Após 13 dias de massacre, 763 palestinos já morreram e mais de 3200 foram feridos. Um terço das vítimas são crianças. O lado israelense, no mesmo período, perdeu 10 vidas, 8 dos quais são soldados. Estamos falando de dois povos, um invadido e ocupado militarmente pelo outro. Um tem o 4º exército mais forte do planeta. O outro nem exército tem. A análise é de Mohamed Habib, professor e Pró-reitor de Extensão da Unicamp e vice-presidente do Instituto da Cultura Árabe.
    > LEIA MAIS | Internacional | 11/01/2009

    Em nome dos palestinos
    É hora de pôr em marcha um movimento internacional, global, de resistência não violenta à política violenta e extremista do Estado de Israel. É preciso mobilizar a opinião pública, difundindo uma informação rigorosa e permanente sobre a situação da população palestina, multiplicando os artigos, as conferências e as manifestações de apoio ao povo palestino. O artigo é de Tariq Ramadan.
    > LEIA MAIS | Internacional | 09/01/2009

    Atos de protesto e manifestações de solidariedade multiplicam-se em várias cidades brasileiras. Na quinta-feira, no Rio de Janeiro, manifestantes jogaram sapatos nas paredes do Consulado dos Estados Unidos. No domingo, será realizada uma Marcha contra o Massacre de Israel, em São Paulo. Editores de revistas da América Latina e da Europa divulgam manifesto de solidariedade ao povo palestino e de repúdio à política de Israel.
    > LEIA MAIS | Internacional | 09/01/2009

    ANÁLISE DA NOTÍCIA
    A semântica da guerra
    A ofensiva de Israel em Gaza já trouxe uma peculiaridade para a linguagem jornalística que mostra algo sobe sua natureza. E essa marca jaz nos adjetivos. Duas das expressões mais utilizadas nos jornais são "carnage" (abate de animais para alimentação) e "onslaught", sinônimo de "furious attack" (ataque furioso). De novo, o termo vem da matança de animais (“slaughter”) e, no contexto bélico, se aplica a uma situação em que um dos contendores mata indiscriminadamente pessoas do outro lado.
    > LEIA MAIS | Internacional | 09/01/2009

    GIDEON LEVY
    Os que apóiam essa guerra apóiam o horror
    Quem justifica essa guerra justifica todos os crimes. Quem prega mais guerra e crê que haja justiça em assassinatos em massa perde o direito de falar de moralidade e humanidade. Esse tipo de atitude é perfeita representação das duas caras de Israel, sempre alertas, ao mesmo tempo: praticar qualquer crime, mas, ao mesmo tempo, auto-absolver-se, sentir-se imaculado aos próprios olhos. O artigo é do jornalista israelense Gideon Levy.
    > LEIA MAIS | Internacional | 09/01/2009

    Israel viola Convenção de Genebra, diz relator
    da ONU

    "Os ataques israelenses ferem a Convenção de Genebra primeiramente porque punem coletivamente os palestinos residentes em Gaza, não fazendo distinção entre alvos civis e combatentes", disse nesta quarta-feira, em São Paulo, Richard Falk, relator especial das Nações Unidas para a situação dos direitos humanos nos territórios ocupados por Israel desde 1967. Segundo Falk, o bloqueio econômico mantido por Israel há 18 meses também está em desacordo com o direito internacional.
    > LEIA MAIS | Internacional | 07/01/2009

    Jornalista inglês denuncia mentiras de Israel
    Em artigo publicado no "The Independent", Robert Fisk acusa governo israelense de contar mentiras para tentar justificar as atrocidades cometidas em Gaza. “O que surpreende é que tantos líderes ocidentais, tantos presidentes e primeiros-ministros e, temo, tantos editores e jornalistas tenham acreditado na mesma velha mentira: que os israelenses algum dia tenham se preocupado em poupar civis", escreve.
    > LEIA MAIS | Internacional | 07/01/2009

    Estudantes israelenses presos por rejeitar alistamento pedem ajuda
    No dia 18 de dezembro de 2008 foi iniciada uma campanha mundial em apoio aos estudantes israelenses presos por rejeitarem o alistamento no exército, por objeção de consciência. Os Shministim defendem um futuro de paz entre israelenses e palestinos e criticam a ação de seu país nos territórios ocupados. Eles esperam receber centenas de milhares de mensagens de apoio que serão entregues ao ministro da Defesa de Israel.
    > LEIA MAIS | Internacional | 07/01/2009

    "Quantos mortos ainda para vocês se sentirem cidadãos de Gaza?"
    Quem é mais anti-semita, aqueles que viciaram Israel ano após ano durante sessenta anos, até desfigurá-lo ao ponto de fazê-lo o país mais perigoso do mundo para os judeus ou aqueles que os advertem de que o Muro marca um gueto de dois lados? É anti-semita reler Hannah Arendt hoje, em que nós, os palestinos, somos a escória da terra, é anti-semita voltar a iluminar essas páginas sobre o poder e a violência? O artigo é de Mustapha Barghouthi, secretário-geral da Iniciativa Nacional Palestina.
    > LEIA MAIS | Internacional | 06/01/2009

    Imagens de Gaza à espera de Obama
    Israel e seus aliados nos EUA parecem certos de que com o fato consumado em Gaza, Barack Obama vai cair numa armadilha, tornando-se refém da mesma política ditada pelos neoconservadores a Bush. Resta saber até que ponto o governo Obama estará comprometido com a mudança que o candidato pregou na campanha. A análise é de Argemiro Ferreira em seu artigo de estréia na Carta Maior.
    > LEIA MAIS | Internacional | 05/01/2009

    Venezuela expulsa embaixador de Israel por massacre em Gaza
    O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela anunciou nesta terça-feira (6) a expulsão do embaixador Shlomo Cohen em resposta à ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza. Presidente Hugo Chávez acusa Israel de genocídio e chama soldados israelenses de "covardes".
    > LEIA MAIS | Internacional | 06/01/2009

    TRAGÉDIA EM GAZA
    Fim da era Bush e eleição em Israel: uma das faces obscenas do massacre
    O ataque a Gaza é uma tentativa de última hora de mudar as relações de forças no Médio Oriente, antes do fim da era Bush, nos EUA. E tem uma dimensão obscena: as centenas de vítimas dos bombardeios são vítimas colaterais da campanha eleitoral em Israel.Para aumentar o seu apoio popular antes das eleições, todos os líderes israelenses estão competindo para ver quem é o mais duro e quem está disposto a matar mais. A análise é de Michael Warschawski.
    > LEIA MAIS | Internacional | 31/12/2008

    Internet ajuda a furar bloqueio midiático imposto
    por Israel

    Israel proibiu a entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza. Isso não vem impedindo que as imagens do massacre contra a população civil de Gaza circulem diariamente pelo mundo. A eficácia do bloqueio midiático diminuiu significativamente graças à internet. Os vídeos e fotos da rede Al Jazeera são reproduzidos por toda parte. Quem quiser, pode também ter informações direto de Gaza, pelo blog "Moments of Gaza", mantido por Natalie Abou Shakra (foto).
    > LEIA MAIS | Internacional | 06/01/2009

    A mídia em Israel toca as trombetas da guerra
    Historiador do futuro que algum dia examine os arquivos dos jornais de Israel verá com clareza absoluta: para Israel, 200, 300 e, depois, 400 palestinos assassinados 'não é' manchete. A mídia em Israel é "poupada" de ter de exibir imagens "fortes". Israel abraça e sempre abraçará qualquer guerra, qualquer barbárie. Israel crê-se tão poderosa que se brutalizou, que já não sente. Em Israel a barbárie é regente. A análise é do jornalista israelense Gideon Levy.
    > LEIA MAIS | Internacional | 02/01/2009

    Sangue em nossas mãos
    As pessoas que jogam nossas bombas não ficam manchadas com sangue. Nosso sistema é simples: não há necessidade de evidência para um julgamento. Uma vez decidamos que alguém é alvo, jogamos uma bomba e ele se foi. Recentemente, o exército adquiriu permissão para matar civis que estejam próximos de um alvo. Isso foi publicado na imprensa, junto à foto de uma sorridente comandante do exército. O artigo é de Shulamit Aloni, ex-ministra da Educação de Israel.
    > LEIA MAIS | Internacional | 06/01/2009

    Professores repudiam ataque contra Universidade de Gaza
    Documento organizado por intelectuais e professores universitários de vários países condena massacre da população da Faixa de Gaza e ataque desferido pelo exército de Israel contra a Universidade Islâmica de Gaza. “Usa-se o mesmo sofisma com o qual se ataca o povo de Gaza: os estudantes e os professores da Universidade seriam do Hamas, o mesmo pretexto dos regimes fascistas para decretar a morte da cultura", diz a carta.
    > LEIA MAIS | Internacional | 05/01/2009

    Esquerda palestina pede fim das divisões e unidade contra Israel
    Organizações da esquerda palestina divulgam comunicado defende fim das divisões internas e retomada do diálogo para unificar resistência contra ataques de Israel. "Não é suficiente repetir palavras; precisamos de fatos concretos, um movimento urgente, passos precisos e sérios, que conduzam ao imediato e desejado diálogo unificado", diz o documento.
    > LEIA MAIS | Internacional | 05/01/2009

    Carta aberta de Uri Avnery a Barack Obama
    O ex-deputado do Parlamento israelense e um dos fundadores do movimento pela paz, Uri Avnery, redigiu uma carta aberta ao presidente eleito dos EUA, Barack Obama, sugerindo que o novo governo comece a agir pela paz israelense-árabe a partir do primeiro dia. "Infelizmente, todos os seus predecessores desde 1967 jogaram duplamente. Apesar de falarem sobre paz da boca para fora, e às vezes realizarem gestos de algum esforço pela paz, na prática eles apoiavam nosso governo em seu movimento contrário a esse esforço", diz Avnery.
    > LEIA MAIS | Internacional | 30/12/2008

    EUA e União Européia são cúmplices do massacre
    em Gaza

    Os palestinos assassinados são trunfo eleitoral, numa disputa cínica entre a direita e a extrema-direita israelenses. Seus aliados em Washington e na União Européia, perfeitamente informados de que Gaza estava para ser atacada, exatamente como no caso do Líbano em 2006, sentaram e esperaram. A análise é de Tariq Ali.
    > LEIA MAIS | Internacional | 31/12/2008

    Editorial CLACSO: Gritando contra o horror
    O que está acontecendo em Gaza é um massacre que atenta contra os mais elementares direitos humanos, arrancando sem compaixão toda esperança de paz em uma das regiões mais injustas do planeta. Um massacre que pretende, pela prepotência de bombardeios assassinos, negar o direito dos palestinos a um Estado independente.
    > LEIA MAIS | Internacional | 31/12/2008

    Gaza e os vestígios de um deus rancoroso e feroz
    Desde o dia 9 de dezembro os caminhões da agência das Nações Unidas, carregados de alimentos, aguardam que o exército israelense lhes permita a entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos famintos. Nações Unidas? Unidas?
    > LEIA MAIS | Internacional | 31/12/2008

    quarta-feira, março 11, 2009

    China quer crescimento com base na demanda interna

     

    A China adotará o desenvolvimento do mercado interno como estratégia de longo prazo e tomará novas medidas para impulsionar o consumo e revitalizar a economia do país, afirmou o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, em seu informe à sessão de abertura da XI Assembléia Popular Nacional. Para este ano, a meta é de um crescimento de 8% do PIB e de criação de 9 milhões de empregos, e no final do ano passado a China anunciou um gigantesco plano de obras em infra-estrutura, bancado com recursos do governo e das estatais, já em execução.

    Jiabao apontou que a China promoverá com papel destacado a demanda interna, para a retomada do crescimento econômico, desacelerado no último período devido à redução das exportações. Ele ressaltou que o governo chinês contribuirá de forma ativa para maior desenvolvimento do mercado interno, aumentando os ingressos da população, estimulando a compra de automóveis e o desenvolvimento da área rural.
    Também será estimulada a construção civil, oferecendo moradia adequada às famílias com baixo poder aquisitivo, e acelerando a reconstrução das áreas afetadas pelo terremoto ocorrido na província de Sichuan em maio do ano passado, assinalou o primeiro-ministro chinês.

    Sarkozy: México é 'primeiro país da América Latina'

     

     

    CIDADE DO MÉXICO (AFP) — O presidente da França, Nicolas Sarkozy, definiu nesta segunda-feira o México como "o primeiro país da América Latina", e pediu a seu governo que não se encerre em "relações exclusivas", em alusão aos Estados Unidos.

    Em discurso no Senado mexicano, como parte de uma visita oficial de 24 horas, Sarkozy opinou que o "México é um país com mais responsabilidade do que se possa pensar às vezes" em assuntos internacionais.

    O México é a segunda economia regional depois do Brasil com ambos os países competindo pela liderança na América Latina.

    Ambos, junto com a Argentina, fazem parte dos principais países emergentes a integrarem o Grupo dos 20, conformado também por nações mais industrializadas, e que se reunirá no dia 2 de abril em Londres.

    Antes do encontro, em Londres, Sarkozy defendeu a "mudança do capitalismo para que seja de empresários, não de especuladores".

    "Teremos que impor as mudanças em Londres", disse o presidente francês em sua alocução no Senado.

    O México, que compartilha uma fronteira de 3.000 km com os Estados Unidos, destina a esse país quase 80% de seu comércio.

    Copyright © 2009 AFP. Todos os direitos reservados.

    Evo expulsa golpista da embaixada dos EUA

     

    O presidente da Bolívia, Evo Morales, ordenou, na segunda-feira, dia 9, a expulsão do país do mexicano-estadunidense Francisco Martínez, funcionário da Embaixada dos Estados Unidos em La Paz. O presidente denunciou Martínez por suas ações em conjunto com a oposição separatista num plano golpista contra seu governo entre agosto e setembro passados.

    “Francisco Martínez era o contato com o grupo de opositores durante todo o processo de conspiração”, argumentou Morales durante o ato de posse do novo comandante da Polícia boliviana, general Víctor Hugo Escobar, acrescentando que “tentaram de tudo para impedir a nova Constituição, buscaram insuflar a população contra o governo, e dividir o país. São setores fascistas e não vamos permitir que agentes estrangeiros atuem no nosso país”.

    Depois de explicar os contatos de Martínez com os governadores de oposição, “hoje decidi declará-lo persona non grata e peço ao chanceler (David Choquehuanca) comunicar a decisão ao escritório da Secretaria de Estado dos Estados Unidos em La Paz”, disse Morales.

    Martínez, que deverá abandonar o país andino no prazo de 48 horas, é o segundo funcionário expulso da embaixada americana na capital boliviana, depois do embaixador Philip Goldberg, em setembro último.

    O agente foi também acusado de manter relação com Rodrigo Carrasco, um ex-policial boliviano formado em centros estadunidenses em inteligência, segurança, comunicações e política, infiltrado na estatal petroleira da Bolívia (YPFB).

    Carrasco, destituído da YPFB, “é um impostor. Ingressou com um título de engenheiro comercial quando não era nada disso, trabalhou no esquema norte-americano no Iraque, fez mais de 20 viagens aos EUA. Não sei como contratam essa classe de pessoas. Ele penetrou nos altos mandos da estatal, mantendo contatos permanentes com a embaixada dos EUA para realizar operações encobertas, sabotagem. Manteve-se lá durante muito tempo, roubou documentos, armou contra a empresa e contra o governo”, afirmou Evo.

    O presidente disse que ficou claro, só agora, à luz dessas informações, a escassez de combustíveis que ocorreu no país entre agosto e setembro últimos, quando grupos de separatistas estouraram gasodutos, tomaram aeroportos e escritórios do Estado nas cidades de Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando, cujas autoridades se opõem ao governo nacional.

    No final de janeiro, o presidente da YPFB, Santos Ramírez, foi destituído da sua função na presidência da YPFB por conciliar com a corrupção e com ações de sabotagem.

    Para Calderón, o problema do narcotráfico no México é causado pelo alto consumo de drogas norte-americano

     

    O presidente do México, Felipe Calderón, afirmou, na quinta-feira, dia 5 de março, que a principal causa dos problemas com o narcotráfico que enfrenta esse país, e que têm causado mortes e enfrentamentos violentos em vários estados, é a falta de controle do consumo de drogas nos Estados Unidos. Declarou também que não aceita a pressão para negociar com os cartéis para – hipoteticamente - diminuir a violência.
    Em entrevista difundida pelo jornal francês “Le Monde”, o mexicano, que não se caracteriza por desenvolver uma política independente da Casa Branca, disse que “se os Estados Unidos não fossem o maior mercado de drogas do mundo, não teríamos este problema”.

    Calderón assinalou ainda como um elemento muito prejudicial o comércio de armas, com a particularidade de que “a esmagadora maioria” das confiscadas no México tinham sido compradas no país vizinho, “incluído material que é propriedade exclusiva do exército estadunidense”.

    Nesse aspecto, condenou que o governo Bush houvesse levantado em 2004 a proibição de vender armas consideradas muito perigosas.

    O presidente, que chegou ao governo com o apoio de Washington, considerou que enquanto os EUA não mudem sua própria legislação, o México se converteria “no paraíso da droga e do crime”.

    O vice-ministro de Relações Exteriores mexicano, Carlos Rico Ferrat, também denunciou que parte do fracasso da luta contra o tráfico de armas na fronteira, se deve a que funcionários dos estados fronteiriços estadunidenses, mantém vínculos com o crime organizado do México.

    As afirmações do funcionário mexicano coincidiram com o começo de um julgamento em Arizona, nos Estados Unidos, de um empresário acusado de vender mais de 600 armas de fogo ao cartel de Sinaloa, um dos mais poderosos no México.

    terça-feira, dezembro 02, 2008

    Xiii... Deu branco!

     

    O enfrentamento das provas dos vestibulares mais concorridos do país talvez seja o primeiro grande desafio profissional dos jovens. É fácil mensurarmos esse desafio: a conquista de uma vaga em uma universidade pública no curso de medicina, por exemplo, significa obter um prêmio de cerca de R$ 225.000,00 – preço médio que o aluno pagaria pelo curso em uma universidade particular. Um candidato que não apresentar um grau de excelência nos quesitos técnico (conhecimento do conteúdo programático) e psicológico (administrar a ansiedade no momento da prova) terá sérias dificuldades para obtenção de êxito. Nesse espaço, estou preocupado com o equilíbrio psicológico. Por que tanta gente “derrapa” no momento da prova? O que faz com que candidatos capacitados em termos de conhecimento fiquem tão nervosos que não consigam reverter em pontos o que sabem – têm brancos e sensações físicas como: taquicardia, suor excessivo, tremores, entre outros?
    Inicio a reflexão sobre isso com um pensamento:

    “Os homens são perturbados não pelas coisas em si, mas pelo que pensam sobre elas”. (Epitectus, 70 a.C.)

    Exatamente isso. São os pensamentos que contam. Sempre que você experimenta um estado de ansiedade intensa, existem pensamentos que definem e fortalecem esse estado. Alguns leitores podem estar questionando se é possível os pensamentos produzirem as reações físicas observadas durante o nervosismo. Não é difícil comprovarmos isso: imagine um limão bem suculento. Agora, mentalmente corte esse limão, pegue uma das metades e esprema-a em sua boca. Se você fez esse exercício com concentração, provavelmente salivou. Isso comprova que os pensamentos produzem reações físicas. Mas como isso pode ocorrer durante a prova? Observe:

    batimento cardíaco um pouco aumentado
    (reação física)

    estou ficando nervoso
    (pensamento)

    respiração superficial e aceleração dos batimentos cardíacos
    (reações físicas)

    não estou me lembrando de nada, não vou conseguir
    (pensamento)

    respiração mais superficial e menos oxigênio para o cérebro
    (reações físicas)

    eu sabia que ia ficar nervoso, me deu branco!
    (pensamento)

    Observe que uma seqüência de pensamentos intensificou as reações físicas e culminou no famoso branco. Mas como impedir que isso aconteça? É importante que você identifique o que está pensando e verifique a veracidade dos seus pensamentos antes de agir:

    batimento cardíaco um pouco aumentado
    (reação física)

    estou ficando nervoso
    (pensamento)

    é perfeitamente comum ficar um pouco nervoso no início de uma prova. Tenho certeza de que quem está levando essa prova a sério também está nervoso.
    (pensamento compensador)

    .............

    não estou me lembrando de nada, não vou conseguir
    (pensamento)

    é impossível se lembrar de tudo. Não me lembrar de alguns assuntos não quer dizer que eu não vou conseguir. Vou dar o máximo de mim.
    (pensamento compensador)

    Estar vigilante aos pensamentos e considerar o maior número possível de ângulos de um determinado problema pode levar a pessoa a novas conclusões e desfechos. É importante ter em mente que:

    • se para ter paz, você precisa da certeza de que irá passar, então você nunca terá paz, pois essa certeza é impossível;

    • se para ter paz, você precisa lembrar-se de tudo, então você jamais terá paz, pois é impossível se lembrar de tudo;

    • se para ter paz, você acredita ser necessário dar tudo certo no dia da prova, então você não terá paz. É perfeitamente possível que algo dê errado sem que isso o prejudique a ponto de impedir a conquista de sua vaga.

    Embora a identificação e a modificação dos pensamentos sejam um ponto central para a diminuição da ansiedade, colocá-las em prática exige treino e vigilância. Treine bastante e boas provas!

    Celso Lopes de Souza

    • Médico formado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP).

    • Membro do grupo de estudos de TDAH (Transtorno do Déficit da Atenção/ Hiperatividade) da UNIAD/UNIFESP.

    • Ministra palestras na área de psiquiatria – incluindo o tabagismo.
    • Autor de artigos técnicos sobre os mecanismos cerebrais de dependência da nicotina, além de dirigir uma clínica antitabagista.
    • Autor do livro
      A Última Tragada, publicado pela editora HARBRA.