terça-feira, junho 17, 2008

Mugabe denuncia ingerência dos EUA e Inglaterra na eleição presidencial do Zimbábue

“Os EUA entregam, por meios indiretos, US$ 7 milhões para a oposição”, denunciou o presidente Robert Mugabe


“Este país não voltará ao domínio nem ao controle dos colonizadores, nem direta, nem indiretamente”, afirmou o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, na sexta-feira, dia 13, durante o funeral de um dos principais comandantes luta de libertação do país, general de exército, Amoth Chingombe.
“Queremos mais uma vez deixar claro aos ingleses e americanos de que nós não nos sujeitamos”, acrescentou; “somos sujeitos de nós mesmos, pertencemos a nós mesmos”.
“Estamos preparados para lutar e qualquer um que queira minar o programa de reforma agrária, um marco histórico do Zimbábue, está buscando e vai encontrar guerra”, alertou Mugabe.
“No momento em que nos despedimos do general Chingombe, temos em mente que a soberania do Zimbábue, a bandeira que ele ergueu, está novamente ameaçada”, declarou o presidente.
“Tornamo-nos o foco da cobiça da Inglaterra e dos EUA. No momento em que me dirijo a vocês, Bush entrega US$ 7 milhões para que a oposição faça uso. Dinheiro enviado por meios indiretos”, denunciou.
“O primeiro-ministro, Gordon Brown, continua a intervir diariamente nos assuntos internos do Zimbábue como se fôssemos uma colônia permanente da Inglaterra”, afirmou.
“Como povo, devemos definir fronteiras claras para a governância. Não pode ser legal santificar e celebrar a instituição da oposição se sua política vai contra a própria essência da nacionalidade. Não pode ser justo quando interesses de potências estrangeiras hostis tentam virar de cabeça para baixo e subverter a vontade de nosso povo, em nome da democracia. Certamente, democracia não pode significar o direito de penhorar a soberania. A soberania não é e nunca poderá ser propriedade de um estrangeiro”.
Mugabe concluiu destacando que o general, a quem denominou de “instrutor dos instrutores” e que “ajudou a moldar o punho da resistência”, “onde quer que esteja agora, sorri, ao ver que a bandeira que ele uma vez levantou segue tremulando sem restrições nem impedimentos. Manter este juramento é o tributo mais adequado a Chingombe.

Hora do Povo

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