quarta-feira, abril 29, 2009

OMS diz que surto de gripe suína se aproxima do nível 5 e indica pandemia

 

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da Folha Online

A OMS (Organização Mundial de Saúde) informou nesta quarta-feira que o desenvolvimento da epidemia de gripe suína --que já atinge 11 países-- coloca a agência mais perto de decretar o alerta de nível 5, em uma escala que vai de 1 a 6. O nível cinco indica que uma pandemia --uma epidemia que afeta vários países simultaneamente-- é iminente e não pode ser evitada.

"Estamos nos aproximando da fase cinco, mas ainda não chegamos", disse Keiji Fukuda, secretário-geral adjunto da OMS, em Genebra (Suíça). "Esse passo é muito significativo, e temos de estar absolutamente seguros de que haja uma transmissão sustentada do vírus em ao menos dois países."

Mais cedo, a ministra de Saúde da Espanha, Trinidad Jimenez, afirmou que uma das dez pessoas infectadas com gripe suína no país não esteve recentemente no México. O anúncio pode indicar que a doença respiratória está sendo transmitida de espanhol para espanhol, o que caracterizaria um novo foco de epidemia, além do México.

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O vírus é transmitido como o de uma gripe comum, de pessoa para pessoa, e até agora as autoridades de saúde registraram que os antigripais Relenza e Tamiflu são eficientes contra a infecção. Embora tenha tido origem provável em porcos, não há risco de contrair a doença pela ingestão de carne de porco, porque a temperatura de cozimento (acima de 70ºC) mata o vírus.

Os sintomas em humanos são parecidos com os da gripe comum e incluem febre acima de 39°C, falta de apetite e tosse. Algumas pessoas com a gripe suína também relataram ter apresentado catarro, dor de garganta, náusea.

Michaela Rehle/Reuters

Em todo o mundo, médicos fazem análises de amostras de salivas de pacientes infectados com a gripe suína

Em todo o mundo, médicos fazem análises de amostras de salivas de pacientes infectados com a gripe suína

Segundo Fukuda, a OMS monitora a situação de perto e que não há evidência de que o vírus esteja diminuindo seu ritmo de transmissão.

O secretário-geral adjunto afirmou ainda que 114 casos de contaminação por gripe suína foram registrados oficialmente em todo mundo. Ao listar os casos, Fukuda afirmou ainda que houve sete mortes no México --número revisado na noite desta terça-feira pelo governo mexicano-- e uma nos Estados Unidos.

"Isso dá um total de 114 casos às 17h de hoje [12h no horário de Brasília] que foram oficialmente reportados à OMS", disse.

Autoridades no México afirmam que até 159 pessoas podem ter morrido no país por causa da epidemia de gripe suína, que já deixou 2.500 infectados.

Nos Estados Unidos, um bebê mexicano de 23 meses morreu em um hospital de Houston, no Texas, por gripe suína --a primeira vítima fora do México.

Segundo David Persse, diretor de serviços médicos de emergência de Houston, a família do bebê, que se mudou do México para Brownsville, no Texas, está bem e não apresenta sintomas da doença.

O menino vivia em Matamoros, na fronteira do México com o Texas, disse Persse. Ele veio com a família do México para visitar parentes em Brownsville, no Texas, onde começou a demonstrar sintomas da doença. Em seguida, ele foi levado a um hospital de Houston, onde morreu na noite desta segunda-feira (27).

Segundo o Departamento de Serviços de Saúde do texas, citado pela agência Associated Press, o menino já apresentava sintomas da doença no México e deu entrada no hospital poucos dias depois com febre e outros sintomas de gripe.

A epidemia de gripe suína atingiu ainda outros nove países. Há casos confirmados na Alemanha, Inglaterra, Escócia, Áustria, Espanha, Canadá, Israel, Costa Rica e Nova Zelândia.

A OMS havia elevado o nível de alerta de 3 para 4 nesta segunda-feira (27), com um alerta para que os governos se mantivessem preparados para a possibilidade de uma pandemia.

Arte Folha de S.Paulo

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Metade das federais já aderiu ao Enem

29 de abril de 2009 | N° 15954 Zero HPRA

NOVO VESTIBULAR

 

Com o processo unificado, candidatos já têm opções de cursos em 12 cidades no Estado

Três das seis universidades do Rio Grande do Sul já aderiram ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como única forma de ingresso em 2010. É o fim do vestibular tradicional nas federais de Pelotas (UFPel), do Pampa (Unipampa) e de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Juntas, as instituições já oferecem aos estudantes cursos em 12 cidades gaúchas.
Nas três instituições do Estado, a participação no sistema unificado de seleção (com provas marcadas para 3 e 4 de outubro) foi aprovada com a maioria dos votos. Mas não agradou a todos. Vestibulandos de Porto Alegre, que têm a UFCSPA como principal opção ao curso de Medicina, tentaram evitar a mudança, com um abaixo-assinado.
– Isso não é justo. A mudança não poderia ser assim tão rápida – reclamou Julia Silveira Martha, 19 anos.
Entre as principais preocupações dos estudantes está o desconhecimento do novo conteúdo. Em frente à universidade, o grupo que promoveu a manifestação também disse entender que o processo da UFCSPA já estaria em andamento com a divulgação das leituras obrigatórias no site, o que foi contestado pela reitora Miriam da Costa Oliveira.
– Encaro com naturalidade a reação dos estudantes, que é justa. Mas vai passar. Eles devem continuar estudando. O Enem não exige preparação extra – disse Miriam, destacando que a universidade não mudou as regras, e a leitura feita até agora não prejudicará nenhum candidato.
Ao anunciarem a decisão na sexta-feira, a Unipampa e a UFCSPA cumpriram o prazo do Ministério da Educação (MEC), que pediu a posição das federais até amanhã. Com isso, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela elaboração e aplicação do exame, terá seis meses para promover as mudanças que prometem ampliar o conteúdo do Ensino Médio na prova, que passa de 63 para 200 questões objetivas e uma redação.

O perfil das instituições

UFCSPA

- O campus está no centro da Capital. Oferece 368 vagas para sete cursos da área da saúde, entre eles o de Medicina, avaliado pelo MEC como o 1º no Estado e 2º no país. Na instituição, é possível cursar também Biomedicina, Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia.

Informações: www.ufcspa.edu.br

A UFPel

- Os campi estão na cidade de Pelotas, no sul do Estado. Com mais de 50 cursos, está entre as maiores do Rio Grande do Sul. Entre as opções, o curso de Medicina é o mais procurado. O curso de Meteorologia e o de Música são destaques. No verão de 2009, ofereceu 2.176 vagas, sendo 87 para o programa de avaliação seriada (Pave). Informações: www.ufpel.edu.br

Unipampa

- É a mais jovem universidade federal do Estado. Oferece 2.060 vagas em 10 cidades gaúchas: Alegrete, Bagé, Caçapava do Sul, Dom Pedrito, Itaqui, Jaguarão, Santana do Livramento, São Borja, São Gabriel e Uruguaiana. Há cursos de Geofísica e Tecnologia em Aquicultura (únicos no Estado). As engenharias oferecem mais opções no campus Bagé, e os cursos da saúde estão em Uruguaiana.

Informações: www.unipampa.edu.br

Indefinidos no Estado

> A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) deve decidir até o final de julho pela adesão parcial do exame.

> Rio Grande (Furg) e Santa Maria (UFSM) ainda não definiram como procederão neste ano.

terça-feira, abril 28, 2009

MEC dá mais uma função ao Enem

 

Novo exame do ensino médio também deve substituir avaliação de alunos que estão no 1.º ano da graduação

Renata Cafardo

 

Além de substituir o vestibular, o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deve ser usado como parte do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), feito por alunos de faculdades, universidades e centros universitários do País.
Hoje, alunos do primeiro e do último ano de cursos de graduação precisam realizar a prova. A intenção do Ministério da Educação (MEC) é que os jovens que fizerem o novo Enem ao fim do ensino médio sejam dispensados do Enade aplicado aos calouros. A mudança deve ocorrer no ano que vem, mas já está sendo organizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do MEC responsável pelas avaliações.
Este é o primeiro ano em que o Enade será obrigatório para todos os calouros e formandos dos cursos avaliados. Até 2008, o exame era feito por amostragem. Mais de 1 milhão de pessoas ingressam no ensino superior por ano no País.
Será a primeira vez também que o Enem passará a ser elaborado para que seu resultado possa ser comparado ano a ano. Até então, a prova tinha um nível de dificuldade diferente a cada edição. As duas mudanças vão ajudar na comparação de Enem e Enade em 2010. "Não é preciso ter exames idênticos para se comparar, e sim instrumentos capazes de medir o potencial de aprendizado dos alunos, como o novo Enem", diz o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes.
O Enem tinha 63 questões até o ano passado, mas está sendo ampliado para ser usado por universidades federais como processo seletivo. Ele passará a ter 200 perguntas de quatro áreas: matemática, ciências da natureza, ciências humanas e linguagem e códigos.
Segundo Fernandes, a ideia é usar só as provas de matemática e de ciências humanas e linguagem como substitutas do Enade. Hoje, quem está no primeiro ano do ensino superior faz um exame de conhecimentos gerais e outro específico (sobre a área do curso), mas esse será eliminado no novo formato. O mesmo exame é aplicado aos formandos, para avaliar os conhecimentos adquiridos na graduação. A instituição recebe uma nota específica para isso, chamada de Indicador de Diferença de Desempenho (IDD).
"O Enem será melhor para essa comparação porque é feito antes do ingresso no curso superior", diz Fernandes. Hoje, o Enade é criticado porque realiza a prova para calouros depois de alguns meses de curso. "O estudante já fez algumas disciplinas, foi orientado a ler livros, já teve a influência da vivência universitária", afirma o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras do Ensino Superior do Estado de São Paulo (Semesp), Hermes Figueiredo.
Ele defende também que o Enem sirva para que participantes manifestem interesse pela inscrição no Programa Universidade para Todos (ProUni), que dá bolsas a carentes em universidades privadas, e no Financiamento Estudantil (Fies).
Com a mudança, o MEC pretende estimular mais ainda uma adesão maciça ao Enem, que na última edição teve 4 milhões de inscritos. O governo deve criar uma nova prova, apenas com português e matemática, para calouros que não participarem do Enem, já que esse exame não é obrigatório.
A participação no Enade, por sua vez, é exigida para a obtenção do diploma no País. Ele substituiu o Provão e uma das diferenças era o fato de avaliar apenas por amostragem. No último ano, participaram 118 mil ingressantes e 71 mil concluintes de áreas como Engenharia e Arquitetura.
A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lúcia Stumpf, acha que o uso da nota do Enem no Enade será bom para os alunos, mas mantém suas críticas à avaliação do ensino superior. "O Enade continua permitindo rankings de universidades, como o Provão, e a avaliação interna da instituição não é valorizada."

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090423/not_imp359012,0.php

Data do novo Enem é 3 e 4 de outubro

 

Da Agência Brasil

O novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que deverá fazer o papel de vestibular unificado para as universidades federais, já tem data marcada: 3 e 4 de outubro. O cronograma apresentado nesta quarta-feira (8) aos reitores das instituições prevê a divulgação dos resultados da prova objetiva em 2 de dezembro e da redação em 8 de janeiro de 2010. Pelos cálculos do Ministério da Educação (MEC), o novo exame deverá ter a participação de 4 a 5 milhões de estudantes, em vez dos atuais 3 milhões.

  • A partir da divulgação dos resultados, o aluno irá se inscrever em um sistema online a partir do número do CPF. O sistema que será semelhante ao usado na seleção de bolsas do Prouni (Programa Universidade para Todos). O estudante deverá escolher cinco opções de cursos, que podem ser em uma mesma universidade ou em instituições federais diferentes. A partir dessa inscrição, o candidato poderá monitorar diariamente como está a concorrência para os cursos escolhidos. Ele poderá alterar, a qualquer momento, a opção que pretende disputar.
    "Na prática, o estudante concorre a todas as vagas das universidades federais. A partir do momento que ele percebe que suas chances são menores em um curso específico, ele pode migrar", explicou o ministro da Educação, Fernando Haddad. Caso o estudante não seja selecionado para o curso que marcou como prioridade, ele pode ser aprovado para a sua segunda opção, de acordo com a sobra de vagas.
    Segundo o ministro, esse sistema só poderá ser utilizado pelas universidades que adotarem o Enem como prova única de seleção. Ou seja, aquelas que quiserem aplicar uma segunda fase além do exame nacional não incluirão as suas vagas nesse sistema. "Se a primeira opção do aluno é um curso em que é exigida mais uma fase, ele poderá ser prejudicado, porque, se ele não passar na segunda fase, aquela vaga que ele marcou na segunda opção já terá sido preenchida", disse.
    Haddad ressaltou que os modelos de avaliação seriada adotados por algumas instituições, como a UnB (Universidade de Brasília), não ficam impedidos de existir com o sistema unificado. A universidade poderá reservar parte das vagas para essas formas de seleção, bem como para as políticas afirmativas de cotas.
    O sistema permitirá ainda que a instituição atribua pesos distintos às notas do aluno nas diferentes provas do Enem. O mecanismo já é usado por algumas seleções que dão maior peso ao resultado das provas da área de exatas, por exemplo, ao selecionar um aluno para o curso de engenharia.
    O novo Enem será formado por quatro provas e uma redação que devem ser aplicadas em dois dias. A idéia é que sejam realizados testes de linguagens e códigos, matemática, ciências naturais e ciências humanas, cada um com 50 itens.
    Um termo de referência com todos detalhes técnicos foi entregue ontem aos reitores que irão discutir nas universidades se vão aderir ao novo Enem como forma de seleção em substituição ao vestibular. De acordo com Haddad, o ministério ainda não contabilizou quantas instituições manifestaram esse interesse. Mas ele voltou a afirmar que a proposta tem sido bem aceita.
    "As instituições têm toda a liberdade para não aderir, aderir como unificado ou aderir parcialmente. Acho que o debate amadureceu nos últimos anos ", avaliou. Também já foi criado um comitê de governança que será responsável pela criação desse novo modelo de vestibular. Fazem parte do grupo as universidades federais, os secretários estaduais de Educação e o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pelo Enem.
    Nesta quarta (8), o ministro se reuniu com a presidente do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), Maria Auxiliadora Seabra, para apresentar o novo modelo. Segundo ele, a proposta foi recebida com "satisfação" porque as mudanças pensadas para o ensino médio não podiam sair do papel, uma vez que a etapa era muito voltada ao atual modelo de vestibular. "Finalmente será possível fazer a reestruturação do ensino médio, que hoje é completamente subordinado a um processo [os vestibulares] de que eles [secretários de Educação] não participam", afirmou.
    Na próxima semana, Haddad se reunirá mais uma vez com os reitores das universidades federais para acompanhar a aceitação da proposta.
    Amanda Cieglinski

    UOL

    O novo Enem no vestibular

    23/04/2009 - 15h35

     

    Da Redação
    Em São Paulo

    A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) decidiu que vai utilizar o novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) na seleção de estudantes para 2010. O Conselho Universitário da instituição aprovou o novo formato na última quarta-feira (22). Cada curso deverá definir a forma de utilização até o fim de maio.

  • "Espero que seja o fim do vestibular tradicional", diz ministro
  • Federais terão quatro maneiras de usar o Enem
  • Enem poderá preencher vagas ociosas
  • Faculdades particulares e estaduais podem aderir ao novo Enem
  • O que você achou do novo Enem?
  • Vestibular unificado será mais democrático

    No próximo mês, os coordenadores de cada curso, junto dos professores, avaliarão se o resultado do Enem será utilizado no processo de seleção de forma única ou se servirá como a primeira fase para o ingresso, oferecendo ao estudante uma forma mista de avaliação.
    Após a definição de cada curso, a decisão será oficializada pelo Conselho de Graduação. O novo modelo já será aplicado a partir do próximo ano.
    "Este é um importante passo na democratização do ensino superior. Nesta nova administração vamos trabalhar para que o acesso ao ensino público e de qualidade seja estendido a todos os interessados", afirma Walter Manna Albertoni, reitor da instituição.

    Como será a implantação
    A implantação do novo modelo será realizada pela Pró-Reitoria de Graduação, dirigida pelo pró-reitor professor Miguel Roberto Jorge. "Vamos participar desta experiência e, se necessário, ajustar posteriormente o modelo para que sua aplicação seja a mais adequada possível. Cursos mais antigos e disputados - como o de medicina - provavelmente deverão adotar o Enem como primeira fase de seu vestibular, mas outros cursos da Unifesp poderão preferir adotar o Enem como fase única", explica o pró-reitor.
    De acordo com ele, o novo modelo será uma alternativa interessante e viável para trazer mais estudantes a cursos que passaram a ser fornecidos nos últimos anos pela Unifesp, dentre eles, serviço social (campus Santos), letras-português (campus Guarulhos), tecnologias oftálmica e radiológica (campus Vila Clementino) e matemática computacional (campus São José dos Campos).
    O novo Enem
    O novo Enem está marcado para outubro e deve contar com 200 questões e uma redação. O aluno terá dois dias para realizar a prova, que será válida por três anos.
    No novo modelo de ingresso, o candidato optará por concorrer em até cinco opções de cursos e instituições de sua preferência (desde que eles tenham feito opção por utilizar o Enem como fase única de seu vestibular), independentemente do local de sua residência. Não é necessário haver vinculação entre as opções, assim o candidato poderá escolher cursos diferentes em instituições distintas.
    UOL

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