quarta-feira, março 18, 2009

China preocupa-se com segurança dos empréstimos que fez aos EUA

 

A Casa Branca asseverou oficialmente à China que “não existe aplicação mais segura no mundo” para as reservas de divisas do país asiático e pediu encarecidamente a Pequim que continue emprestando, em reação às preocupações manifestadas pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, na semana passada, sobre a sorte de centenas de bilhões trocados por títulos do Tesouro dos EUA e papéis norte-americanos. “Para ser sincero, estou um pouco preocupado”, afirmou Jiabao, no último dia da sessão anual do pleno do parlamento chinês, na sexta-feira 13. “Já emprestamos muito dinheiro aos Estados Unidos”, acrescentou.

Sem esse dinheiro, os EUA não teriam como financiar seu déficit, que este ano, em decorrência da crise e da falta de poupança interna, chegará a 12% do PIB. A otimista declaração de que “não existe aplicação mais segura no mundo” foi feita pelo porta-voz Robert Gibbs. Desde setembro, a China ultrapassou o Japão como o maior credor dos EUA.

Nessa mesma entrevista, Jiabao havia reiterado que “é claro que estamos preocupados com a segurança de nossos ativos”. Afinal, somente em títulos do Tesouro e outros papéis o montante de dinheiro chinês emprestado aos EUA ultrapassa os US$ 727 bilhões. Diz-se até que o banco de hipotecas Freddie Mac só não faliu porque era “too chinese to fail” – “demasiado chinês para quebrar”. Também querendo tranqüilizar Pequim, o diretor do Conselho de economistas da Casa Branca, Lawrence Summers, garantiu que Washington “é um zeloso guardião” das reservas da China.

Prevendo um déficit de 1,752 trilhão de dólares para o exercício fiscal 2008-2009 que finaliza em setembro, agravado por medidas excepcionais tomadas para sustentar a economia americana, o governo dos EUA dificilmente pode dispensar os empréstimos apor-tados pela China.

sábado, março 14, 2009

Encontro do Conselho de Defesa da Unasul


Conselho condiciona presença dos EUA ao fim
do bloqueio a Cuba

Os ministros de Defesa dos 12 países da União de Nações Sul-americanas, Unasul, puseram oficialmente em funcionamento o Conselho de Defesa do organismo regional, para promover a cooperação entre as distintas forças armadas, gerar operações de paz conjuntas e dar transparência aos gastos militares.

Em declaração anexa acordaram impulsionar uma luta coordenada contra o narcotráfico. Observadores assinalaram que, desta forma, se coloca uma barreira à política intervencionista dos EUA, que usam o pretexto de combate ao narcotráfico para manter tropas e bases em alguns países e realizar ações de espionagem.

Os ministros da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela foram recebidos no palácio de La Moneda pela presidente Michelle Bachelet, cujo país exerce a presidência pro-tempore da Unasul.

Ao inaugurar o primeiro Conselho, o ministro chileno de Defesa, José Goñi, precisou que se trata de “um mecanismo para gerar nossas opiniões, nossas visões e nosso próprio plano de ação em assuntos de defesa”. Esclareceu, ainda, que o CDS não quer nenhuma semelhança com a OTAN, mas tem como objetivo “dar vida a uma aliança que fortaleça a confiança mútua mediante a integração, o diálogo e a cooperação em matéria de defesa. É uma zona de paz, base para a estabilidade democrática e o desenvolvimento integral dos povos”.

Em sua primeira declaração, o Conselho de Defesa Sul-americano condicionou a possibilidade de que os Estados Unidos ingressem como observadores a esta instância a que Washington mude sua relação com Cuba.

A posição, aprovada pelos 12 ministros participantes, foi apresentada pelo ministro de Defesa do Brasil, Nelson Jobim, que afirmou que “a mudança das relações dos EUA com Cuba é uma condição para uma nova apresentação desse país na região”, assegurando que assim o expressou ao chefe do Estado Maior Conjunto norte-americano, Mike Mullen, que visitou o Brasil, Chile e Colômbia, na semana passada.
A ministra argentina, Nilda Garré, coincidiu em que “Cuba é um tema pendente para a região” e acrescentou que a nova administração americana “tem uma oportunidade para acabar com essa situação injusta e discriminatória”.

Walter San Miguel, ministro boliviano de Defesa, perguntado sobre o bloqueio norte-americano, assinalou que se trata de medidas contra o povo cubano e sublinhou que “nós não concordamos com medidas hegemônicas”.

Os 12 ministros da área reiteraram que os EUA não poderão mudar “sua carta de apresentação” ante a região, enquanto mantenham o bloqueio econômico a Cuba.

MAssacre em GAZA _Carta Maior

Réquiem por Israel?
Uma leitura atenta dos textos dos sionistas fundadores do Estado de Israel revela tudo aquilo que o Ocidente hipocritamente ainda hoje finge desconhecer: a criação de Israel é um ato de ocupação e como tal terá de enfrentar para sempre a resistência dos ocupados; não haverá nunca paz, qualquer apaziguamento será sempre aparente, uma armadilha a ser desarmada. O artigo é de Boaventura Sousa Santos.
> LEIA MAIS | Internacional | 12/01/2009

A água (que ninguém vê) na guerra
Na guerra do momento - Israel em Gaza -, por que a mídia não fala sobre a água - um dos itens mais importantes dos conflitos no Oriente Médio? Embora Israel tenha sérios problemas com recursos hídricos, detém o controle dos suprimentos de água, tanto seus como da Palestina. Além de restringir o uso d'água, luta pela expansão do seu território para obter mais acesso e controle deste recurso natural.
> LEIA MAIS | Internacional | 11/01/2009

Gaza: mais um capítulo no holocausto palestino
Após 13 dias de massacre, 763 palestinos já morreram e mais de 3200 foram feridos. Um terço das vítimas são crianças. O lado israelense, no mesmo período, perdeu 10 vidas, 8 dos quais são soldados. Estamos falando de dois povos, um invadido e ocupado militarmente pelo outro. Um tem o 4º exército mais forte do planeta. O outro nem exército tem. A análise é de Mohamed Habib, professor e Pró-reitor de Extensão da Unicamp e vice-presidente do Instituto da Cultura Árabe.
> LEIA MAIS | Internacional | 11/01/2009

Em nome dos palestinos
É hora de pôr em marcha um movimento internacional, global, de resistência não violenta à política violenta e extremista do Estado de Israel. É preciso mobilizar a opinião pública, difundindo uma informação rigorosa e permanente sobre a situação da população palestina, multiplicando os artigos, as conferências e as manifestações de apoio ao povo palestino. O artigo é de Tariq Ramadan.
> LEIA MAIS | Internacional | 09/01/2009

Atos de protesto e manifestações de solidariedade multiplicam-se em várias cidades brasileiras. Na quinta-feira, no Rio de Janeiro, manifestantes jogaram sapatos nas paredes do Consulado dos Estados Unidos. No domingo, será realizada uma Marcha contra o Massacre de Israel, em São Paulo. Editores de revistas da América Latina e da Europa divulgam manifesto de solidariedade ao povo palestino e de repúdio à política de Israel.
> LEIA MAIS | Internacional | 09/01/2009

ANÁLISE DA NOTÍCIA
A semântica da guerra
A ofensiva de Israel em Gaza já trouxe uma peculiaridade para a linguagem jornalística que mostra algo sobe sua natureza. E essa marca jaz nos adjetivos. Duas das expressões mais utilizadas nos jornais são "carnage" (abate de animais para alimentação) e "onslaught", sinônimo de "furious attack" (ataque furioso). De novo, o termo vem da matança de animais (“slaughter”) e, no contexto bélico, se aplica a uma situação em que um dos contendores mata indiscriminadamente pessoas do outro lado.
> LEIA MAIS | Internacional | 09/01/2009

GIDEON LEVY
Os que apóiam essa guerra apóiam o horror
Quem justifica essa guerra justifica todos os crimes. Quem prega mais guerra e crê que haja justiça em assassinatos em massa perde o direito de falar de moralidade e humanidade. Esse tipo de atitude é perfeita representação das duas caras de Israel, sempre alertas, ao mesmo tempo: praticar qualquer crime, mas, ao mesmo tempo, auto-absolver-se, sentir-se imaculado aos próprios olhos. O artigo é do jornalista israelense Gideon Levy.
> LEIA MAIS | Internacional | 09/01/2009

Israel viola Convenção de Genebra, diz relator
da ONU

"Os ataques israelenses ferem a Convenção de Genebra primeiramente porque punem coletivamente os palestinos residentes em Gaza, não fazendo distinção entre alvos civis e combatentes", disse nesta quarta-feira, em São Paulo, Richard Falk, relator especial das Nações Unidas para a situação dos direitos humanos nos territórios ocupados por Israel desde 1967. Segundo Falk, o bloqueio econômico mantido por Israel há 18 meses também está em desacordo com o direito internacional.
> LEIA MAIS | Internacional | 07/01/2009

Jornalista inglês denuncia mentiras de Israel
Em artigo publicado no "The Independent", Robert Fisk acusa governo israelense de contar mentiras para tentar justificar as atrocidades cometidas em Gaza. “O que surpreende é que tantos líderes ocidentais, tantos presidentes e primeiros-ministros e, temo, tantos editores e jornalistas tenham acreditado na mesma velha mentira: que os israelenses algum dia tenham se preocupado em poupar civis", escreve.
> LEIA MAIS | Internacional | 07/01/2009

Estudantes israelenses presos por rejeitar alistamento pedem ajuda
No dia 18 de dezembro de 2008 foi iniciada uma campanha mundial em apoio aos estudantes israelenses presos por rejeitarem o alistamento no exército, por objeção de consciência. Os Shministim defendem um futuro de paz entre israelenses e palestinos e criticam a ação de seu país nos territórios ocupados. Eles esperam receber centenas de milhares de mensagens de apoio que serão entregues ao ministro da Defesa de Israel.
> LEIA MAIS | Internacional | 07/01/2009

"Quantos mortos ainda para vocês se sentirem cidadãos de Gaza?"
Quem é mais anti-semita, aqueles que viciaram Israel ano após ano durante sessenta anos, até desfigurá-lo ao ponto de fazê-lo o país mais perigoso do mundo para os judeus ou aqueles que os advertem de que o Muro marca um gueto de dois lados? É anti-semita reler Hannah Arendt hoje, em que nós, os palestinos, somos a escória da terra, é anti-semita voltar a iluminar essas páginas sobre o poder e a violência? O artigo é de Mustapha Barghouthi, secretário-geral da Iniciativa Nacional Palestina.
> LEIA MAIS | Internacional | 06/01/2009

Imagens de Gaza à espera de Obama
Israel e seus aliados nos EUA parecem certos de que com o fato consumado em Gaza, Barack Obama vai cair numa armadilha, tornando-se refém da mesma política ditada pelos neoconservadores a Bush. Resta saber até que ponto o governo Obama estará comprometido com a mudança que o candidato pregou na campanha. A análise é de Argemiro Ferreira em seu artigo de estréia na Carta Maior.
> LEIA MAIS | Internacional | 05/01/2009

Venezuela expulsa embaixador de Israel por massacre em Gaza
O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela anunciou nesta terça-feira (6) a expulsão do embaixador Shlomo Cohen em resposta à ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza. Presidente Hugo Chávez acusa Israel de genocídio e chama soldados israelenses de "covardes".
> LEIA MAIS | Internacional | 06/01/2009

TRAGÉDIA EM GAZA
Fim da era Bush e eleição em Israel: uma das faces obscenas do massacre
O ataque a Gaza é uma tentativa de última hora de mudar as relações de forças no Médio Oriente, antes do fim da era Bush, nos EUA. E tem uma dimensão obscena: as centenas de vítimas dos bombardeios são vítimas colaterais da campanha eleitoral em Israel.Para aumentar o seu apoio popular antes das eleições, todos os líderes israelenses estão competindo para ver quem é o mais duro e quem está disposto a matar mais. A análise é de Michael Warschawski.
> LEIA MAIS | Internacional | 31/12/2008

Internet ajuda a furar bloqueio midiático imposto
por Israel

Israel proibiu a entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza. Isso não vem impedindo que as imagens do massacre contra a população civil de Gaza circulem diariamente pelo mundo. A eficácia do bloqueio midiático diminuiu significativamente graças à internet. Os vídeos e fotos da rede Al Jazeera são reproduzidos por toda parte. Quem quiser, pode também ter informações direto de Gaza, pelo blog "Moments of Gaza", mantido por Natalie Abou Shakra (foto).
> LEIA MAIS | Internacional | 06/01/2009

A mídia em Israel toca as trombetas da guerra
Historiador do futuro que algum dia examine os arquivos dos jornais de Israel verá com clareza absoluta: para Israel, 200, 300 e, depois, 400 palestinos assassinados 'não é' manchete. A mídia em Israel é "poupada" de ter de exibir imagens "fortes". Israel abraça e sempre abraçará qualquer guerra, qualquer barbárie. Israel crê-se tão poderosa que se brutalizou, que já não sente. Em Israel a barbárie é regente. A análise é do jornalista israelense Gideon Levy.
> LEIA MAIS | Internacional | 02/01/2009

Sangue em nossas mãos
As pessoas que jogam nossas bombas não ficam manchadas com sangue. Nosso sistema é simples: não há necessidade de evidência para um julgamento. Uma vez decidamos que alguém é alvo, jogamos uma bomba e ele se foi. Recentemente, o exército adquiriu permissão para matar civis que estejam próximos de um alvo. Isso foi publicado na imprensa, junto à foto de uma sorridente comandante do exército. O artigo é de Shulamit Aloni, ex-ministra da Educação de Israel.
> LEIA MAIS | Internacional | 06/01/2009

Professores repudiam ataque contra Universidade de Gaza
Documento organizado por intelectuais e professores universitários de vários países condena massacre da população da Faixa de Gaza e ataque desferido pelo exército de Israel contra a Universidade Islâmica de Gaza. “Usa-se o mesmo sofisma com o qual se ataca o povo de Gaza: os estudantes e os professores da Universidade seriam do Hamas, o mesmo pretexto dos regimes fascistas para decretar a morte da cultura", diz a carta.
> LEIA MAIS | Internacional | 05/01/2009

Esquerda palestina pede fim das divisões e unidade contra Israel
Organizações da esquerda palestina divulgam comunicado defende fim das divisões internas e retomada do diálogo para unificar resistência contra ataques de Israel. "Não é suficiente repetir palavras; precisamos de fatos concretos, um movimento urgente, passos precisos e sérios, que conduzam ao imediato e desejado diálogo unificado", diz o documento.
> LEIA MAIS | Internacional | 05/01/2009

Carta aberta de Uri Avnery a Barack Obama
O ex-deputado do Parlamento israelense e um dos fundadores do movimento pela paz, Uri Avnery, redigiu uma carta aberta ao presidente eleito dos EUA, Barack Obama, sugerindo que o novo governo comece a agir pela paz israelense-árabe a partir do primeiro dia. "Infelizmente, todos os seus predecessores desde 1967 jogaram duplamente. Apesar de falarem sobre paz da boca para fora, e às vezes realizarem gestos de algum esforço pela paz, na prática eles apoiavam nosso governo em seu movimento contrário a esse esforço", diz Avnery.
> LEIA MAIS | Internacional | 30/12/2008

EUA e União Européia são cúmplices do massacre
em Gaza

Os palestinos assassinados são trunfo eleitoral, numa disputa cínica entre a direita e a extrema-direita israelenses. Seus aliados em Washington e na União Européia, perfeitamente informados de que Gaza estava para ser atacada, exatamente como no caso do Líbano em 2006, sentaram e esperaram. A análise é de Tariq Ali.
> LEIA MAIS | Internacional | 31/12/2008

Editorial CLACSO: Gritando contra o horror
O que está acontecendo em Gaza é um massacre que atenta contra os mais elementares direitos humanos, arrancando sem compaixão toda esperança de paz em uma das regiões mais injustas do planeta. Um massacre que pretende, pela prepotência de bombardeios assassinos, negar o direito dos palestinos a um Estado independente.
> LEIA MAIS | Internacional | 31/12/2008

Gaza e os vestígios de um deus rancoroso e feroz
Desde o dia 9 de dezembro os caminhões da agência das Nações Unidas, carregados de alimentos, aguardam que o exército israelense lhes permita a entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos famintos. Nações Unidas? Unidas?
> LEIA MAIS | Internacional | 31/12/2008

quarta-feira, março 11, 2009

China quer crescimento com base na demanda interna

 

A China adotará o desenvolvimento do mercado interno como estratégia de longo prazo e tomará novas medidas para impulsionar o consumo e revitalizar a economia do país, afirmou o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, em seu informe à sessão de abertura da XI Assembléia Popular Nacional. Para este ano, a meta é de um crescimento de 8% do PIB e de criação de 9 milhões de empregos, e no final do ano passado a China anunciou um gigantesco plano de obras em infra-estrutura, bancado com recursos do governo e das estatais, já em execução.

Jiabao apontou que a China promoverá com papel destacado a demanda interna, para a retomada do crescimento econômico, desacelerado no último período devido à redução das exportações. Ele ressaltou que o governo chinês contribuirá de forma ativa para maior desenvolvimento do mercado interno, aumentando os ingressos da população, estimulando a compra de automóveis e o desenvolvimento da área rural.
Também será estimulada a construção civil, oferecendo moradia adequada às famílias com baixo poder aquisitivo, e acelerando a reconstrução das áreas afetadas pelo terremoto ocorrido na província de Sichuan em maio do ano passado, assinalou o primeiro-ministro chinês.

Sarkozy: México é 'primeiro país da América Latina'

 

 

CIDADE DO MÉXICO (AFP) — O presidente da França, Nicolas Sarkozy, definiu nesta segunda-feira o México como "o primeiro país da América Latina", e pediu a seu governo que não se encerre em "relações exclusivas", em alusão aos Estados Unidos.

Em discurso no Senado mexicano, como parte de uma visita oficial de 24 horas, Sarkozy opinou que o "México é um país com mais responsabilidade do que se possa pensar às vezes" em assuntos internacionais.

O México é a segunda economia regional depois do Brasil com ambos os países competindo pela liderança na América Latina.

Ambos, junto com a Argentina, fazem parte dos principais países emergentes a integrarem o Grupo dos 20, conformado também por nações mais industrializadas, e que se reunirá no dia 2 de abril em Londres.

Antes do encontro, em Londres, Sarkozy defendeu a "mudança do capitalismo para que seja de empresários, não de especuladores".

"Teremos que impor as mudanças em Londres", disse o presidente francês em sua alocução no Senado.

O México, que compartilha uma fronteira de 3.000 km com os Estados Unidos, destina a esse país quase 80% de seu comércio.

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Evo expulsa golpista da embaixada dos EUA

 

O presidente da Bolívia, Evo Morales, ordenou, na segunda-feira, dia 9, a expulsão do país do mexicano-estadunidense Francisco Martínez, funcionário da Embaixada dos Estados Unidos em La Paz. O presidente denunciou Martínez por suas ações em conjunto com a oposição separatista num plano golpista contra seu governo entre agosto e setembro passados.

“Francisco Martínez era o contato com o grupo de opositores durante todo o processo de conspiração”, argumentou Morales durante o ato de posse do novo comandante da Polícia boliviana, general Víctor Hugo Escobar, acrescentando que “tentaram de tudo para impedir a nova Constituição, buscaram insuflar a população contra o governo, e dividir o país. São setores fascistas e não vamos permitir que agentes estrangeiros atuem no nosso país”.

Depois de explicar os contatos de Martínez com os governadores de oposição, “hoje decidi declará-lo persona non grata e peço ao chanceler (David Choquehuanca) comunicar a decisão ao escritório da Secretaria de Estado dos Estados Unidos em La Paz”, disse Morales.

Martínez, que deverá abandonar o país andino no prazo de 48 horas, é o segundo funcionário expulso da embaixada americana na capital boliviana, depois do embaixador Philip Goldberg, em setembro último.

O agente foi também acusado de manter relação com Rodrigo Carrasco, um ex-policial boliviano formado em centros estadunidenses em inteligência, segurança, comunicações e política, infiltrado na estatal petroleira da Bolívia (YPFB).

Carrasco, destituído da YPFB, “é um impostor. Ingressou com um título de engenheiro comercial quando não era nada disso, trabalhou no esquema norte-americano no Iraque, fez mais de 20 viagens aos EUA. Não sei como contratam essa classe de pessoas. Ele penetrou nos altos mandos da estatal, mantendo contatos permanentes com a embaixada dos EUA para realizar operações encobertas, sabotagem. Manteve-se lá durante muito tempo, roubou documentos, armou contra a empresa e contra o governo”, afirmou Evo.

O presidente disse que ficou claro, só agora, à luz dessas informações, a escassez de combustíveis que ocorreu no país entre agosto e setembro últimos, quando grupos de separatistas estouraram gasodutos, tomaram aeroportos e escritórios do Estado nas cidades de Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando, cujas autoridades se opõem ao governo nacional.

No final de janeiro, o presidente da YPFB, Santos Ramírez, foi destituído da sua função na presidência da YPFB por conciliar com a corrupção e com ações de sabotagem.

Para Calderón, o problema do narcotráfico no México é causado pelo alto consumo de drogas norte-americano

 

O presidente do México, Felipe Calderón, afirmou, na quinta-feira, dia 5 de março, que a principal causa dos problemas com o narcotráfico que enfrenta esse país, e que têm causado mortes e enfrentamentos violentos em vários estados, é a falta de controle do consumo de drogas nos Estados Unidos. Declarou também que não aceita a pressão para negociar com os cartéis para – hipoteticamente - diminuir a violência.
Em entrevista difundida pelo jornal francês “Le Monde”, o mexicano, que não se caracteriza por desenvolver uma política independente da Casa Branca, disse que “se os Estados Unidos não fossem o maior mercado de drogas do mundo, não teríamos este problema”.

Calderón assinalou ainda como um elemento muito prejudicial o comércio de armas, com a particularidade de que “a esmagadora maioria” das confiscadas no México tinham sido compradas no país vizinho, “incluído material que é propriedade exclusiva do exército estadunidense”.

Nesse aspecto, condenou que o governo Bush houvesse levantado em 2004 a proibição de vender armas consideradas muito perigosas.

O presidente, que chegou ao governo com o apoio de Washington, considerou que enquanto os EUA não mudem sua própria legislação, o México se converteria “no paraíso da droga e do crime”.

O vice-ministro de Relações Exteriores mexicano, Carlos Rico Ferrat, também denunciou que parte do fracasso da luta contra o tráfico de armas na fronteira, se deve a que funcionários dos estados fronteiriços estadunidenses, mantém vínculos com o crime organizado do México.

As afirmações do funcionário mexicano coincidiram com o começo de um julgamento em Arizona, nos Estados Unidos, de um empresário acusado de vender mais de 600 armas de fogo ao cartel de Sinaloa, um dos mais poderosos no México.